Sem maiores novidades ou surpresas, Jurassic World - Reino
Ameaçado é mais do mesmo, ou seja, uma
gostosa diversão no universo dos dinossauros.
Com Steven Spielberg na Produção Executiva, Jurassic
World-Reino Ameaçado, vem na sombra do grande sucesso do seu antecessor de 3
anos atrás, com a obrigação de ser tão
bom quanto este, mas antes de adentrarmos na sua análise, vamos relembrar
a trajetória dos dinossauros no cinema.
Em 1993, o mundo mergulhava
naquele que se tornaria uma das maiores bilheterias do cinema e nos apresentava
um novo mundo repleto de animais pré-históricos numa aparente convivência com
os seres humanos nos tempos atuais. Na direção primorosa de Steven Spielberg,
fomos apresentados a Jurassic Park – Parque dos Dinossauros. Com uma bilheteria
que ultrapassou a marca de U$$ 1 bilhão de dólares, contando com um elenco
carismático e novas tecnologias em CGI, os dinossauros viraram febre nos quatro
cantos do mundo.
Em 1997, a saga dos gigantes
pré-históricos, ganhou uma continuação, O Mundo Perdido: Jurassic Park e
repetiu a dose em 2001 e aparentemente fechando a trilogia com Jurassic Park III. O segundo filme, ainda
contou com a direção de Spielberg, mas o terceiro, ele ficou com a Produção
Executiva, passando a direção para Joe Johnston, que tem em seu currículo,
filmes como Querida Encolhi as Crianças (1989), Jumanji (1995) e mais
recentemente Capitão América, o Primeiro Vingador (2011).
Em 2015, passados 18 anos da
produção do primeiro filme dos dinossauros, surge Jurassic World: O mundo dos
Dinossauros. Novamente aqui, Steven Spielberg atua como Produtor Executivo,
deixando a direção para Collin TRevorrow, até então, um ilustre desconhecido,
mas a pergunta era se valeria a pena mergulhar novamente no mundo dos
dinossauros? E a bilheteria provou que sim, os bichos ainda são muito atrativos
e com um orçamento um pouco maior que seus antecessores, algo em torno de U$$
150 milhões de dólares, a produção jurássica arrecadou ao redor do mundo: U$$
1,670,400,637, batendo mais um recorde
para a franquia e a certeza de que teríamos mais um filme, o Jurassic World –
Reino Ameaçado.
Em seu novo enredo, onde a Ilha
Nublar está ameaçada por um vulcão em
erupção, um grupo de expedicionários liderados por Clair (Bryce Dallas Howard)
e Owen (Chris Pratt) parte em busca de tentar salvar os animais da destruição,
porém, algo da errado e o suposto resgate é na verdade, o interesse de magnatas
em vender os dinossauros como máquina de
guerra, além de mais uma vez, cientistas alterarem geneticamente os bichos.
Fica claro logo de inicio do
filme, que na verdade temos aqui mais uma franquia caça-níquel, explorando as
nuances do filme anterior. Os diálogos são muito rasos e mesmo a introdução de
novos personagens como a bióloga preocupada em salvar os dinossauros ou o
técnico em TI que passa o tempo todo preocupado com a presença do T-REX, não
suprem o vazio exposto num trama repleta de clichês cansativos e sem um foco
determinado.
Havia uma luz de esperança quando
a trama se desenvolve fora das ilhas, levando os dinos para mais próximo da
civilização, apesar do absurdo de um bilionário doente, tentar salvar esses
animais da destruição na ilha. Somos levados a algumas referencias aos filmes
anteriores, numa tentativa sem muito sucesso de fazer uma ponte ou prestar
homenagem a alguns personagens da franquia inicial. Perda de tempo, pois a
narrativa se mostra ineficiente e pouco convincente em supostamente prestar
essas homenagens. Somando a isso, temos
novamente, a manipulação genética, alterando mais uma vez as características
dos dinossauros, uma ideia que deu muito certo no filme anterior, mas aqui foi
ridicularmente mal aproveitada e não convence mesmo. Há uma total falta de
lógica nesta justificativa, ademais pelo fato de contar nesta manipulação, com
o DNA de Blue. Aliás, a presença dela não fica muito bem esclarecida ou a
necessidade da mesma de se fazer
presente, deixou a desejar.
No quesito efeitos especiais, os
dinossauros denotam uma aparência real, mas aqui nos deparamos com outro
problema, 90% do filme se passa numa noite chuvosa, dificultando assim, uma
definição melhor deles. As poucas cenas que ocorrem durante o dia, são tão
rápidas, que quando estamos nos acostumando em olhar para eles, logo
desaparecem. Isso foi muito frustrante e com certeza precisávamos de mais tempo
para apreciar toda beleza e encanto que estas criaturas jurássicas têm.
O diretor espanhol Juan Antônio
Bayona, que tem seu currículo ótimos filmes de suspense e terror, consegue
trazer esse clima para o filme, mas quando estamos sentindo que houve uma
mudança e começamos a torcer para que esse clima permaneça, a narrativa perde o
foco, caindo nos clichês já costumeiros dessa franquia com o mesmo corre-corre
desenfreado, gritos histéricos e perseguições mirabolantes. Embora esta pegada
um tanto sombria e clima de morte combine com a trama, não houve veracidade nas soluções
apresentadas para justificar tantos acontecimentos, alguns até sem nexo com o
contexto, que ao invés de impactar, serviram para enfraquecer a trama como um
todo.
Jurassic World – Reino Ameaçado, peca ao dar continuidade numa história que
poderia conter novos elementos, apresentar novos personagens sem se preocupar
em mudar um pouco o rumo dessa história, deixa de acrescentar algo inovador e
insiste na repetição de clichês, tirando o elemento surpresa do espectador, que
já sabe o que vai acontecer nas cenas seguintes. A única coisa a qual estamos
certos é a continuação dessa saga dos dinossauros em um terceiro filme, pois
eles, agora estão no meio da civilização, buscando seu lugar num “admirável
mundo novo”, o qual tentará também se adaptar
á presença desses primeiros habitantes em convivência com os seres
humanos. É esperar para ver!
#Assista
#Filmenotasete
#JurassicWorldReinoAmeaçado
PROGRAMA CLUBE DO FILME
Neste sábado a partir das 13h pela Rádio Cultura do Nordeste AM 1.130, tem o Programa Clube do Filme. Apresentado por
EDSON SANTOS e MARY QUEIROZ, receberá o diretor JORGE EDUARDO, do filme de ação
curta-metragem “ FÚRIA “ e parte de seu elenco.
Ele falará das dificuldades de
como é produzir um filme sem recursos. Quais os maiores problemas
encontrados? Quais os meios de se buscar Incentivos nesta Produção? Algum órgão
público se dispôs a ajudar? E a escalação do elenco, como foi feita?
Acesse e confira: http://radioculturadonordeste.com.br/
Estreias da Semana
O RENASCIMENTO DO PARTO 2
O Brasil é o país com o maior
número de cesáreas no mundo. O documentário busca elucidar os mitos e torno do
parto normal e divulgar os cuidados para a realização dele. Violência
obstétrica, o SUS que dá certo, parto de gêmeos, parto pélvico e o sistema universal
no Reino Unido. Um filme pra todo mundo que nasceu.
HEREDITÁRIO
Após a morte da reclusa avó, a
família Graham começa a desvendar algumas coisas. Mesmo após a partida da
matriarca, ela permanece como se fosse um sombra sobre a família, especialmente
sobre a solitária neta adolescente, Charlie, por quem ela sempre manteve uma
fascinação não usual. Com um crescente terror tomando conta da casa, a família
explora lugares mais escuros para escapar do infeliz destino que herdaram.
Confira o Trailer:
Confira o Trailer:
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