21/06/18

JURASSIC WORLD – REINO AMEAÇADO


Sem maiores novidades ou surpresas, Jurassic World - Reino Ameaçado é mais do mesmo, ou seja,  uma gostosa diversão no universo dos dinossauros.


Com Steven Spielberg na Produção Executiva, Jurassic World-Reino Ameaçado, vem na sombra do grande sucesso do seu antecessor de 3 anos atrás, com a obrigação de ser  tão bom quanto este, mas antes de adentrarmos na sua análise, vamos relembrar a  trajetória dos dinossauros no cinema.

Em 1993, o mundo mergulhava naquele que se tornaria uma das maiores bilheterias do cinema e nos apresentava um novo mundo repleto de animais pré-históricos numa aparente convivência com os seres humanos nos tempos atuais. Na direção primorosa de Steven Spielberg, fomos apresentados a Jurassic Park – Parque dos Dinossauros. Com uma bilheteria que ultrapassou a marca de U$$ 1 bilhão de dólares, contando com um elenco carismático e novas tecnologias em CGI, os dinossauros viraram febre nos quatro cantos do mundo.
Em 1997, a saga dos gigantes pré-históricos, ganhou uma continuação, O Mundo Perdido: Jurassic Park e repetiu a dose em 2001 e aparentemente fechando a trilogia  com Jurassic Park III. O segundo filme, ainda contou com a direção de Spielberg, mas o terceiro, ele ficou com a Produção Executiva, passando a direção para Joe Johnston, que tem em seu currículo, filmes como Querida Encolhi as Crianças (1989), Jumanji (1995) e mais recentemente Capitão América, o Primeiro Vingador (2011).

Em 2015, passados 18 anos da produção do primeiro filme dos dinossauros, surge Jurassic World: O mundo dos Dinossauros. Novamente aqui, Steven Spielberg atua como Produtor Executivo, deixando a direção para Collin TRevorrow, até então, um ilustre desconhecido, mas a pergunta era se valeria a pena mergulhar novamente no mundo dos dinossauros? E a bilheteria provou que sim, os bichos ainda são muito atrativos e com um orçamento um pouco maior que seus antecessores, algo em torno de U$$ 150 milhões de dólares, a produção jurássica arrecadou ao redor do mundo: U$$ 1,670,400,637, batendo mais  um recorde para a franquia e a certeza de que teríamos mais um filme, o Jurassic World – Reino Ameaçado.


Em seu novo enredo, onde a Ilha Nublar está ameaçada  por um vulcão em erupção, um grupo de expedicionários liderados por Clair (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) parte em busca de tentar salvar os animais da destruição, porém, algo da errado e o suposto resgate é na verdade, o interesse de magnatas em vender os dinossauros como  máquina de guerra, além de mais uma vez, cientistas alterarem geneticamente os bichos.
Fica claro logo de inicio do filme, que na verdade temos aqui mais uma franquia caça-níquel, explorando as nuances do filme anterior. Os diálogos são muito rasos e mesmo a introdução de novos personagens como a bióloga preocupada em salvar os dinossauros ou o técnico em TI que passa o tempo todo preocupado com a presença do T-REX, não suprem o vazio exposto num trama repleta de clichês cansativos e sem um foco determinado.


Havia uma luz de esperança quando a trama se desenvolve fora das ilhas, levando os dinos para mais próximo da civilização, apesar do absurdo de um bilionário doente, tentar salvar esses animais da destruição na ilha. Somos levados a algumas referencias aos filmes anteriores, numa tentativa sem muito sucesso de fazer uma ponte ou prestar homenagem a alguns personagens da franquia inicial. Perda de tempo, pois a narrativa se mostra ineficiente e pouco convincente em supostamente prestar essas  homenagens. Somando a isso, temos novamente, a manipulação genética, alterando mais uma vez as características dos dinossauros, uma ideia que deu muito certo no filme anterior, mas aqui foi ridicularmente mal aproveitada e não convence mesmo. Há uma total falta de lógica nesta justificativa, ademais pelo fato de contar nesta manipulação, com o DNA de Blue. Aliás, a presença dela não fica muito bem esclarecida ou a necessidade da mesma  de se fazer presente, deixou a desejar.
No quesito efeitos especiais, os dinossauros denotam uma aparência real, mas aqui nos deparamos com outro problema, 90% do filme se passa numa noite chuvosa, dificultando assim, uma definição melhor deles. As poucas cenas que ocorrem durante o dia, são tão rápidas, que quando estamos nos acostumando em olhar para eles, logo desaparecem. Isso foi muito frustrante e com certeza precisávamos de mais tempo para apreciar toda beleza e encanto que estas criaturas jurássicas têm.

O diretor espanhol Juan Antônio Bayona, que tem seu currículo ótimos filmes de suspense e terror, consegue trazer esse clima para o filme, mas quando estamos sentindo que houve uma mudança e começamos a torcer para que esse clima permaneça, a narrativa perde o foco, caindo nos clichês já costumeiros dessa franquia com o mesmo corre-corre desenfreado, gritos histéricos e perseguições mirabolantes. Embora esta pegada um tanto sombria e clima de morte combine com a trama,  não houve veracidade nas soluções apresentadas para justificar tantos acontecimentos, alguns até sem nexo com o contexto, que ao invés de impactar, serviram para enfraquecer a trama como um todo.

Jurassic World – Reino Ameaçado,  peca ao dar continuidade numa história que poderia conter novos elementos, apresentar novos personagens sem se preocupar em mudar um pouco o rumo dessa história, deixa de acrescentar algo inovador e insiste na repetição de clichês, tirando o elemento surpresa do espectador, que já sabe o que vai acontecer nas cenas seguintes. A única coisa a qual estamos certos é a continuação dessa saga dos dinossauros em um terceiro filme, pois eles, agora estão no meio da civilização, buscando seu lugar num “admirável mundo novo”, o qual tentará também se adaptar  á presença desses primeiros habitantes em convivência com os seres humanos. É esperar para ver!
#Assista
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PROGRAMA CLUBE DO FILME

Neste sábado a partir das 13h pela Rádio Cultura do Nordeste AM 1.130, tem  o Programa Clube do Filme. Apresentado por EDSON SANTOS e MARY QUEIROZ, receberá o diretor JORGE EDUARDO, do filme de ação curta-metragem “ FÚRIA “ e parte de seu elenco.  Ele falará das dificuldades de  como é produzir um filme sem recursos. Quais os maiores problemas encontrados? Quais os meios de se buscar Incentivos nesta Produção? Algum órgão público se dispôs a ajudar? E a escalação do elenco, como foi feita?


Estreias da Semana

O RENASCIMENTO DO PARTO 2
O Brasil é o país com o maior número de cesáreas no mundo. O documentário busca elucidar os mitos e torno do parto normal e divulgar os cuidados para a realização dele. Violência obstétrica, o SUS que dá certo, parto de gêmeos, parto pélvico e o sistema universal no Reino Unido. Um filme pra todo mundo que nasceu.
HEREDITÁRIO

Após a morte da reclusa avó, a família Graham começa a desvendar algumas coisas. Mesmo após a partida da matriarca, ela permanece como se fosse um sombra sobre a família, especialmente sobre a solitária neta adolescente, Charlie, por quem ela sempre manteve uma fascinação não usual. Com um crescente terror tomando conta da casa, a família explora lugares mais escuros para escapar do infeliz destino que herdaram.

Confira o Trailer:



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