A presidente da Fundarpe Márcia Souto representará a instituição na solenidade - Foto: Jan Ribeiro/Secult-Fundarpe |
A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) recebe, na próxima sexta-feira (9), em Belém do Pará, o 31º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, na Categoria 2 – Iniciativas de Excelência no campo do Patrimônio Cultural Imaterial, pela realização anual da Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco. Os nomes das ações vencedoras foram anunciadas em agosto, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e foram contempladas, além de Pernambuco, ações do Pará, Ceará, Bahia e São Paulo (lista completa abaixo).
Além da cerimônia solene de entrega dos prêmios – que acontecerá no dia 9, às 19h, no Theatro da Paz, a Fundarpe, representada por Márcia Souto e Renata Echeverria, participará do “Encontro Compartilhando Vivências e Saberes sobre Preservação do Patrimônio”. O evento reunirá na sede da Superintendência do Iphan no Pará, na quinta-feira (8), a partir das 8h, todos os oito vencedores do 31º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade para falarem de suas experiências à frente das iniciativas.
SEMANA DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE PERNAMBUCO – Idealizada pela Fundarpe em 2008, a Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco surge da necessidade de se ampliar o diálogo entre a instituição e a sociedade, com foco na temática da preservação do patrimônio cultural do Estado. Por meio de seminários, exposições, celebrações, encontros, rodas de diálogo e ações educativas, o evento, realizado há 11 anos, promove a preservação e valoriza tradições e conhecimentos dos 185 municípios pernambucanos.
A I Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco aconteceu no dia 17 de agosto de 2008, no Teatro Arraial, hoje Teatro Arraial Ariano Suassuna, na Rua da Aurora, 457. A data escolhida foi selecionada estrategicamente para dar maior peso à divulgação do Dia Nacional do Patrimônio Histórico, instituído desde 1998, no centenário do nascimento de Rodrigo de Mello Franco de Andrade, jornalista e fundador do IPHAN. A I Semana do Patrimônio reuniu em sua programação 350 participantes. Ao longo de mais de uma década o evento foi juntando parceiros e construindo pontes com o objetivo de estabelecer um canal de debates interdisciplinar e interinstitucional.
Desde a primeira versão, a ideia do evento foi agregar diferentes áreas de discussão e vivência, incluindo públicos diversificados, como gestores, estudantes, pesquisadores, profissionais que atuam na área, entre outros. Isso se tornaria possível por meio de uma atuação em três frentes: uma atividade de Educação Patrimonial voltada a crianças ou adolescentes, uma oficina voltada a questões práticas na atuação dos gestores do patrimônio, envolvendo a discussão de legislações, práticas e rotinas, etc. e um seminário, com a apresentação de palestras e momentos de debate acerca da temática do patrimônio cultural.
Com o passar dos anos, o evento foi se expandindo e tornou-se possível ampliar as frentes, que puderam se integrar com outras políticas, como por exemplo, o Patrimônio Vivo e o Funcultura, o que foi lhe imprimindo, pouco a pouco, um caráter plural e de maior complexidade. Além disso, a Semana do Patrimônio chegou a outros municípios, tais como Belém do São Francisco, Belo Jardim, Brejo da Madre de Deus, Bezerros, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Caruaru, Escada, Floresta, Gravatá, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paudalho, Salgueiro, Santa Maria da Boa Vista, Surubim e Tamandaré, em alinhamento com a política de descentralização das ações governamentais.
A Semana do Patrimônio é uma oportunidade de reflexão, diálogo e difusão dos bens culturais materiais e imateriais dos diversos municípios participantes. Um momento ímpar de celebração do brincar, interpretar, pensar e experimentar o singular e plural patrimônio cultural do Estado Pernambuco.
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