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Na coluna da semana passada, conversamos um pouco sobre Haydn, Mozart e Beethoven. Eles foram três gênios da música no século XVIII. Nesta coluna, falaremos acerca de outros três gênios, desta feita três pintores do século XV – Leonardo daVinci, Rafael de Urbino e Michelângelo.
Nascido a 15 de abril de 1452, Leonardo nasceu no vilarejo de Vinci, na região de Florença, Itália. Ainda criança, teve suas aptidões artísticas reconhecidas pelas pessoas da região. No que concerne à pintura, aos 20 anos já fazia parte da Corporação dos Pintores de Florença. Porém, é de amplo conhecimento que Leonardo conseguiu ir mais além da arte que herdou de Andrea Mantegna e Pietro Perugino. Ele enriqueceu a pintura a partir de sua mente fecunda, tornando-se um astro com luz própria no universo das belas artes. Além de pintor, Leonardo foi escultor, engenheiro e inventor, sendo uma das principais figuras do Renascimento italiano. Entre as suas obras, podemos citar A Última Ceia e a Gioconda (Monalisa).
Nascido quando Leonardo já contava 31 anos de idade, Rafael Sanzio era filho de Giovanni Santi, um artista pouco conhecido na Itália daqueles dias. Aos 18 anos, porém, Rafael já se destacava no plantel artístico de Urbino, sua cidade natal, que naquela época era considerada um importante centro cultural. Em 1508, foi convidado pelo papa Júlio II para decorar diversos ambientes do Vaticano. É autor de obras como A Sacra Família; A Virgem com o Menino; Ressurreição de Cristo; A Anunciação; Adoração dos Magos; e A Transfiguração, entre outras.
Já Michelangelo de Lodovico Buonarroti nasceu no dia 06 de março de 1475 em Caprese, na província de Arezzo, também nas proximidades de Florença. Ele possuía um caráter austero, passando boa parte da vida isolado do restante da sociedade e desenvolvendo sua arte. Ele foi responsável por pintar a abóbada da Capela Sistina, obra que foi apresentada ao público pela primeira vez no Dia de Todos os Santos do ano 1512. A Criação de Adão; Profeta Jonas; Pecado Original e a Expulsão do Paraíso estão entre os afrescos mais conhecidos do pintor.
Para Don José de Castro y Serrano, Haydn, Mozart e Beethoven são, respectivamente, análogos a Da Vinci, Rafael e Michelângelo. Da mesma forma que o criador dos quartetos introduziu o conceito de claro-escuro na harmonia musical, o autor da Monalisa dotou a pintura com o mesmo recurso. Já Rafael parece ser um arquétipo de Mozart, como gênio incansável da criação. Por sua vez, Buonarrotti – como Beethoven – parece ser filho dos clássicos e pai dos românticos. “Reconheçamos que, sob uma ordem misteriosa, ainda nublada para a inteligência humana, existe o elemento de produzir o verdadeiro, o belo e o bom, ou seja, a essência da arte, como nos testificam os três grandes pintores do século XV e os três grandes músicos do século XVIII”, registra Castro y Serrano, no livro ‘Los Cuartetos del Conservatorio’ (Madrid, 1866).
Resta saber se a mesma ordem misteriosa produzirá em nossos dias gênios de tamanha grandeza, seja na música, na pintura, ou em qualquer outro segmento das artes. Cultores do que há de mais excelente, que não sejam ‘patrimônios’ de uma determinada nação, mas deixem um legado para toda a civilização.
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