10/01/18

Opinião - Neoliberalismo, Globalização e Educação por André dos Santos

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Em uma sociedade contemporânea é quase impossível não se ter ouvido falar em globalização e neoliberalismo, também não é novidade os efeitos que causa direta e/ou indiretamente na nossa educação. Todos processos de evolução dos sistemas capitalistas levaram, a processos de transformações tecnológicas dando origem a globalização. Por sua vez, as esferas políticas, sociais e culturais, também vêm vivendo essas mudanças. O pior de tudo é que a globalização não atinge de forma democrática toda população do nosso planeta, os mais ricos continuam a acumular riquezas e a classe pobre, torna-se excludente nesse sistema passando a viver como pode e recebendo muito pouco pela mão de obra. Isso é um entrave para a formação de um país mais igualitário socialmente, uma vez que a classe trabalhadora se sujeita a receber baixos salários, o que contribui para o aumento do índice de miséria no mundo. 

Diante disso, o neoliberalismo surge impedindo a participação ativa do estado na economia, a privatização e redução de muitos impostos influenciando na efetivação de políticas públicas voltadas para o bem da sociedade, visando crescimento econômico e desenvolvimento social principalmente em um país em desenvolvimento como o nosso. O fato é que a educação tem tornado alvo do contexto neoliberal, uma vez que no mercado de trabalho competitivo requer profissionais altamente qualificados. Nesse sentido, a educação torna-se o principal meio para preparar profissionais ao mercado de trabalho servindo de instrumento de inserção econômica. 

Em meio a um país excludente, mesmo que o acesso à educação seja um direito de todos os cidadãos, a educação de qualidade torna-se utópica, principalmente porque não basta todos terem acesso à escola é necessário um ensino de qualidade, professores altamente capacitados e escolas com infraestrutura adequada para atender as necessidades de todos os alunos. A educação no contexto atual precisa passar por um processo de universalização onde a escola do rico e do pobre não sejam diferentes, e que todos tenham acesso à educação de qualidade. Nesse sentido estudantes e professores precisam estar cientes do seu papel, não só na formação e inserção de profissionais ao mercado de trabalho, mas também que ocorra a construção de valores e passem a agir com mais responsabilidade principalmente nas questões voltadas ao meio ambiente e recursos naturais que promovam melhorias na qualidade de vida da sociedade ao qual vivemos. 

Desta forma, fica evidente que a educação é fundamental em todas as fases de nossa vida, e que não podemos parar no tempo, ou usá-la apenas para adquirir títulos. É preciso que continuemos nos atualizando, principalmente nos educadores que somos os protagonistas da educação em nosso país. Assim, poderemos lutar em prol de um país menos excludente, com baixos índices de analfabetismo, desemprego, miséria e violência. Para isso, um desafio tem que ser lançado. É preciso que haja a promoção de cidadania para superar as desigualdades existentes nas políticas do nosso sistema educacional para que as futuras gerações possam ter mais oportunidades, sem sofrer as consequências de um sistema capitalista e competitivo. 

André dos Santos é Professor do Ensino Médio, SEDUC/PE

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