NGOLO – Centro de
Prática e Pesquisa Capoeira Angola desenvolveu o primeiro evento em homenagem ao mês da mulher
no polo da cultural da estação ferroviária no dia 03 de março de 2018 - 15h
trazendo á nossa figura mitológica DANDARA
que possui uma história de resistência e luta por ser Mulher, Negra, Pobre da
Cultura Capoeira Angola trazendo suas feridas como força para enfrentar no que
acreditava que era preciso a igualdade do seu povo e assumindo isso como
filosofia de vida:
“Nenhuma mulher é frágil temos de
Dandara o punho que mantemos bem erguido sendo nosso testemunho de que a
história feminina não foi feita para rascunho”
A
biografia, que é desta grandiosa Mulher, foi pouco registra em função da época e de
suas convicções e o que consta agora é os relatos do ‘folclore’, desta
lutadora e guerreira que podemos apreciar a seguir:
“Dandara foi uma guerreira negra do período colonial do Brasil. Após ser presa, suicidou-se se jogando de uma pedreira ao
abismo em 6 de fevereiro de 1694, para não retornar à condição
de escrava. Foi esposa de Zumbi dos Palmares e com ele teve três
filhos. Sua figura é envolta em grande mistério, pois quase não existem dados
sobre sua vida e/ou atos. Praticamente todos os relatos que se referem a ela
são esparsos e desconexos, com características de lendas.
Descrita como uma heroína, Dandara
dominava técnicas da capoeira e teria lutado ao lado de homens
e mulheres nas muitas batalhas consequentes a ataques a Palmares, estabelecido
no século XVII na Serra da Barriga, situada na então Capitania
de Pernambuco em
região do atual estado de Alagoas, cujo acesso era dificultado pela
geografia e também pela vegetação densa.
Não se sabe se Dandara nasceu no
Brasil ou no continente africano, mas teria se juntado ainda menina ao grupo de
negros que desafiaram o sistema colonial escravista por quase um século. Ela
participava também da elaboração das estratégias de resistência do quilombo.
Além de lutar, participava de
atividades cotidianas em Palmares, como a caça e a agricultura. No quilombo era
praticada a policultura de alimentos como milho, mandioca, feijão, batata-doce, cana-de-açúcar e banana.
Os ataques ao Palmares teriam se
tornado frequentes a partir de 1630, com a invasão holandesa. Segundo a narrativa em torno de Dandara, ela teria tido
importante papel no rompimento do marido com seu antecessor, Ganga-Zumba, primeiro grande chefe do Quilombo de
Palmares e tio de Zumbi. Em 1678, Ganga-Zumba assinou um tratado de paz com o
governo de Pernambuco. O documento previa que as
autoridades libertas sem palmarinos que haviam sido feito prisioneiros em um
dos confrontos. E também a liberdade dos nascidos em Palmares, além de
permissão para realizar comércio. Em troca, a partir dali, os habitantes do
quilombo deveriam entregar escravos fugitivos que ali buscassem abrigo.
Dandara, ao lado de Zumbi, teria sido contrária ao pacto por entender que se
tratava de um acordo que não previa o fim da escravidão. Ganga-Zumba acabou
sendo morto por um dos palmarinos contrários à sua proposta.” Fonte: wikipédia.org
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