esta divisa da vida,
Sinto o gosto da liberdade.
Meus olhos refletem o cansaço,
Mas o tempo de descanso é curto
Preciso vencer.
Do que adianta
Ser deste mundo
E viver aprisionada
Ou aprisionado
Como um pássaro na gaiola.
Existindo
para comer e amargurar
cânticos solitários
Enquanto seu dono
Diverte-se com seu sofrimento?
Tormentos não são saudáveis.
Degustei ser livre,
Despi conceitos,
Me tornei meu próprio leito
e abriguei quem eu pude,
Mas somente os que são necessários.
As lágrimas ainda não secaram
Mas eu estou bem.
As feridas não sararam,
Mas estou lutando.
A dor doutrina e cuida,
A dor nos ajuda
a resolver problemas,
A dor é uma grande professora.
Hoje sou outra pessoa,
Mas ainda sendo eu mesma,
Que vaga por outras veredas
Mas sempre seguindo a minha direção.
Uso meu coração como bússola,
Minha mente como cantil,
Minha alma é o meu veículo.
E o meu silêncio,
Apartir de hoje
não poderá ser mais ouvido.
Urbano Leafa, O despoeta
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