Fágner Fernandes, Perpétua e Cabo Cardoso. |
Se essa frase se aplica muito bem a situação, também se aplica a oposição. Desde o início desse mandato que os vereadores e vereadoras que compõem a base da prefeita não elegeram entre seus pares um líder. Fato atípico mas que não permitiu que o alinhamento deixasse de existir com o Executivo.
No caso da oposição, desde o início, logo após a cerimônia de posse, vereadores desse bloco (na época incluia o vereador Anderson Correia) já concordavam que o melhor nome para assumir o posto de liderança era mesmo o de Fagner Fernandes. Em seguida veio à publico essa decisão.
Fagner Fernandes permaneceu até a ultima quinta-feira, 10, quando comunicou oficialmente seu afastamento da liderança para se dedicar mais a atividades de seu mandato. Uma fala do vereador Cabo Cardoso teria sido a "gota d'agua" para Fagner tomar essa decisão.
Começa então uma série de especulação em torno de qual o nome que iria substituir a vaga deixada. Algo que é natural no processo. O mais prudente é mesmo esperar a poeira baixar. Se por um lado o vereador Fagner Fernandes nos disse que "a decisão foi tomada e não volta", a vereadora Perpétua Dantas publicou uma nota dizendo que "não tem a intenção de ser Líder da Oposição da Câmara". Pela frente uma movimentação de vereadores da base governista, insatisfeitos, poderá trazer novos quadros para somar ao grupo e numericamente diminuir a vantagem da situação.
INDEPENDENTES
Vale lembrar que em março de 2021 os vereadores Cabo Cardoso e Anderson Correia (ambos do PP) declararam ser uma oposição INDEPENDENTE, chegando a anunciar oficialmente a saída da oposição. Mas, deixavam bem claro que não significava uma adesão à situação, e sim, independência. Naquele momento, apenas Fagner Fernandes (PDT) e Galego de Lages (MDB) continuaram como oposição. E, ao longo dos meses, as vereadoras Perpétua Dantas (PSDB) e Mery da Saúde (PSD) foram, através de seus posicionamentos e falas, se distanciando da situação.
Em vez de nomes, a oposição precisa manter a unidade, respeitando a diversidade na importante contribuição que cada edil puder dar enquanto fiscalizadores da gestão atual. A possível adesão de novos vereadores e vereadoras vai trazer uma nova dinâmica tanto na Casa quanto no grupo, inclusive nesse período de "Janela Partidária" até o dia 1º de abril.
Sem dúvidas que a ausência de uma liderança que consiga estruturar e unificar, de todo modo, fortalece a gestão atual. Mas a perspectiva é de um maior equilíbrio entre oposição e situação. E, quando exercido de modo responsável, não se ocupa em inviabilizar o que pode ser melhor para cidade. O pensamento divergente enriquece o debate e aperfeiçoa a democracia.
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