Hábito de soltar bombas e rojões pode trazer diversos perigos para a audição, adverte especialista
O período junino no Nordeste é marcado por festas e muitas tradições. Entre elas, está o uso de fogos de artifício e artefatos explosivos, como bombas e rojões, que além do perigo de acidentes e queimaduras, também são prejudiciais à audição, com o risco de perda auditiva, que pode ser uni ou bilateral, temporária ou até mesmo irreversível.
Um barulho súbito e intenso, como é característico desses artefatos pirotécnicos, pode causar algum tipo de perda auditiva, uma vez que o som pode atingir mais de 125 decibéis, percorrendo todo o ouvido rapidamente e atingindo células da cóclea. Para compreender a intensidade deste ruído, considera-se que os níveis apontados pela OMS como aceitáveis são de cerca de 50 dB.
“O barulho das bombas, fogos e rojões podem causar diversos danos, inclusive um barotrauma, com ruptura da membrana timpânica. Por isso o ideal é sempre a prevenção: evitar ficar próximo do ruído ou usar protetores de ouvido, sempre que possível” - explica a fonoaudióloga da Clínica Três Marias, Dra. Taciana Amorim.
Quando não é possível evitar a causa, o mais indicado é buscar atendimento posterior à exposição, especialmente caso sinta alguma diferença auditiva. “Após o trauma, o paciente pode sofrer com zumbido no ouvido, dor, ou sensação de abafamento dos sons. Caso esse problema persista, é importante buscar atendimento otorrinolaringológico para avaliação, diagnóstico e tratamento adequados”, complementa Amorim.
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