Mostrando postagens com marcador Feliz Natal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Feliz Natal. Mostrar todas as postagens

25/12/22

A mensagem do Natal que nem todos perceberam. por Ricardo Gondim*

"Deus visita a humanidade não porque está enraivecido, mas porque deseja despejar paz sobre homens e mulheres." imagem: Arte de Silvio Vitalino Neto

O Verbo se fez carne. Deus se revelou na história.

1. Na encarnação, o tempo deixa de ser uma abstração e passa a ser uma dimensão de Deus.

O palco dos acontecimentos, a arena da história não é mais no céu, mas na terra. A vida acontece aqui e agora. Deus veio lutar pela vida entre nós. Ele não mais arbitra do alto, mas se empenha pela vida de dentro da história.

Na encarnação, o conceito de um Deus atemporal, distante de nós, que não experimenta passado, presente, futuro se esvazia. Na encarnação Deus quer experimentar o tempo.

Em Mateus 2.19 – precisa esperar que Herodes morra para voltar do Egito a Nazaré.
Em Mateus 4.2: Experimenta o desgaste de passar 40 dias e 40 noites sem comer.
Em Lucas 2.52: Aos doze anos, Ele ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.
Em João 2.4: Ele diz a sua mãe: “A minha hora ainda não chegou”.

Deus no tempo é o Deus compassivo.
Deus no tempo é o Deus amigo.
Deus no tempo é o Deus sábio.

Deus no tempo só conhecemos a partir de Jesus

2. Na encarnação, os espaços perdem gradações, hierarquias – ele nasce numa manjedoura.

Qual seria o lugar mais sagrado? Onde repousava Deus? Em algum nicho? Em alguma sacristia? Em algum altar? Não, ele pode ser encontrado uma manjedoura.

Ele nascer numa manjedoura é metáfora para nascer em corações menos valorizados. Em vidas menos avaliadas.

Tanto que

Em Mateus 8. 7: Ele agora quer ir até a casa de um Centurião.
Em Lucas 10.38: Ele quer ir para casa de Marta e Maria.
Em Lucas 14: Ele vai comer na casa de um fariseu importante.
Em Lucas 19.1: Ele pede para se hospedar na casa de um rico publicano chamado Zaqueu.
Em João 12.2: Na casa de Lázaro, um jantar é preparado para ele.

Se ele nasceu em um lugar tão desprestigiado, com certeza nascerá também no coração da mulher que ninguém daria nada por ela ou do homem que ninguém quer bem.

3. Na encarnação, as aparições de Deus perderam o poder de intimidar. Deus é revelado como afirmador da nossa humanidade.

Nas narrativas do nascimento de Jesus, há pelo menos 4 “não tenha medo”:

Lucas 1.13: “Não tenha medo, Zacarias.
Mateus 1.20: José, não tenha medo de receber Maria
Lucas 1.30: Não tenha medo, Maria
Lucas 2.10: Não tenham medo, pastores.

Glória a Deus nas alturas e paz na terra a homens e mulheres que ele quer bem.

Deus visita a humanidade não porque está enraivecido, mas porque deseja despejar paz sobre homens e mulheres.

Fica claro que o Deus de cara austera não passava de uma construção religiosa, visando provocar submissão pelo medo.

Nele está o sorriso.
Dos lábios divinos vem afirmação: Paz na terra.

Agora podemos celebrar a vida. Deus é por nós.

No pontilhar do violeiro
Nos poemas dos poetas
Nas confidências dos amigos
Nos gracejos dos humoristas
Nas conversas ao pé do fogo
Nas brincadeiras dos adolescentes
Na mesa posta para celebrar um belo jantar

Deus é a favor da vida.
Ele se alegra com nossa alegria
Ele festeja nossa felicidade.
Ele aposta em nossa leveza.
Ele faz de tudo para aliviar nossa culpa.
Ele não mede, não contabiliza, seus atos de bondade.
Ele não lança em rosto o bem que nos fez.

4. Na encarnação, a primeira revelação real que temos de Deus vem no rosto de um menino.

Não mais um rei, não mais um juiz, não mais um general, não mais um esposo – Ele quer que guardemos essa primeira imagem. Quero que fiquemos com o rosto de um menino na retina na construção da nossa percepção de Deus.

Isaías 9.6: Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.

“E os contadores de estórias nos disseram que ele [Jesus] gostava de crianças. Não queria que elas ficassem adultas. E aos já crescidos avisava que não se deixassem de ser como eram jamais veriam o reino dos céus. Teriam de voltar a ser crianças. Nicodemos se atrapalhou. Era homem adulto, respeitável, levava as coisas a sério, ao pé da letra, e pensou que Jesus falava de obstetrícia. Ao que ele retrucou: “Não é obstetrícia, Nicodemos, é o vento. O vento sopra…” E ele deve ter ficado mais confuso ainda. As crianças veem coisas que os adultos não podem ver”. Rubem Alves

Feliz Natal.

Soli Deo Gloria

24/12/22

Exposição, seresta, festival de corais e muita emoção fizeram parte da programação natalina de Caruaru

Fotos: Felipe Correia

Fechando a programação natalina montada pela Prefeitura de Caruaru, por meio da Fundação de Cultura, o Marco Zero e a Estação Ferroviária foram palcos de uma noite de espetáculos que encerraram o ciclo natalino na cidade.

Com apresentação do espetáculo Caixa de Natal, grande referência neste período na capital pernambucana, crianças e adultos puderam assitir a magia do show de coral, com participação especial do famoso Mundo Bita, que anima dos mais jovens aos mais velhos, com seus grandes sucessos.

Em seguida, foi a vez do festival de corais na Estação Ferroviária, passando a magia e emoção do natal através de canções que remetem ao ciclo, como Noite Feliz, Então é Natal, Bate o Sino e tantas outras, que emocionaram o público presente.

Para encerrar a noite, foi a vez da transmissão do show do Rei Roberto Carlos, que o público pode acompanhar em alta definição, através de um super telão de LED.

Pensamos em cada detalhe para esta programação natalina. Fizemos exposição com peças de barro, duas noites de seresta, que foi sucesso entre os caruaruenses e, fechando com chave de ouro, tivemos belas apresentações de corais e uma grande transmissão do show de Roberto Carlos" afirmou o presidente da Fundação de Cultura, Rafael Martiniano.

MEU NATAL TEM UM AR TRISTE por Jénerson Alves*

Imagem: Public Domain Pictures/Pixabay

Não quero ouvir sinos neste Natal, também não me apetece uma ceia farta, dispenso o pinheiro ornamentado, as luzes cintilantes e as caixas de presentes; rejeito convites para amigos-secretos e cantatas natalinas.

Gostaria de ouvir a voz de queridos que já partiram; minha fome é de um passado que não volta; meu presente é uma nostalgia de tempos idos; as canções do meu hoje não possuem o encanto que eu sentia na infância.

À semelhança de Machado de Assis, indago-me: “Mudaria o Natal ou mudei eu?”

Será que estou me transformando em uma caricatura do velho Scrooge, “duro e áspero como uma pedra de amolar”?

Meu Natal tem um ar triste.

Penso, porém, que a pequena estribaria em Belém também tinha um ar triste naquela noite gélida e escura. Até ser iluminada, não simplesmente pelo fenômeno astronômico da estrela, mas principalmente pelo Menino que nasceu.

Meu Natal tem saudade do passado e sede de eternidade.

Os anos escorreram como as águas de Babel, mas Sião tem água da fonte eterna.

*Jénerson Alves
Professor / Poeta / Jornalista

23/12/22

MENSAGEM DE LAIRTON VIEIRA


 

MENSAGEM DA VEREADORA PERPÉTUA DANTAS


 

MENSAGEM DO PREFEITO RODRIGO PINHEIRO


 

MENSAGEM DO VEREADOR LEONARDO CHAVES


 

MENSAGEM DO VEREADOR IRMÃO RONALDO


 

MENSAGEM DA VEREADORA MERY DA SAÚDE


 

MENSAGEM DO VEREADOR NELSON DINIZ


 

MENSAGEM DO VEREADOR JORGE QUINTINO


 

MENSAGEM DE CONCEIÇÃO FRANÇA


 

MENSAGEM DO VEREADOR CABO CARDOSO


 

ALFENIM por Malude Maciel

Tradicional Festa do Coemecio de Caruaru

Seu Né era a alcunha do meu avó materno, Manoel Joaquim de Sousa Guerra (falecido), residente no alto sertão de Pernambuco, mais precisamente na cidade de Calumbi.

Vovô Né, quase não nos visitava aqui em Caruaru, a não ser por alguma necessidade ou pela época de Natal, para rever as filhas, os netos, os genros e apreciar a bonita festa natalina que havia nesta cidade que recebia muitos visitantes de toda parte do mundo em todo final de ano.

Essa festa, que era denominada “Festa do Comércio” acontecia exatamente na área comercial, no centro caruaruense, sendo custeada pelo comércio local e, era conhecida em toda parte, pela grandeza característica do estilo agrestino. Além de ouvir falar, Seu Né também viu sua primeira filha, Louzinha, vir a Caruaru para a festa e ficar apaixonada; não somente pelas belezas alegóricas, mas principalmente por certo rapaz residente nesse rincão, o qual não tardou em pedi-la em casamento e fixar residência, justamente nessas aprazíveis plagas. O casório realizou-se na igrejinha de Calumbi, que ainda está historicamente intacta.

Nós, os mais novos, vibrávamos com a chegada de vovô Né; um velho branco, possivelmente descendente de portugueses que se fixaram lá pras bandas do Pajeú. Ficou viúvo, com quatro filhos: Agamenon, Louzinha, Agenor e Isabel (mamãe) e casou em segundas núpcias, com uma também viúva, trazendo pra casa, três filhas: Hilda, Tezinha e Aldiza. Enfim, sete filhos, que eles criaram com muita coragem e determinação. Um exemplo de vida honrada de muito trabalho.

Quando vovô chegava, algumas vezes vindo de trem ou na boleia de caminhão, porque os transportes eram precários à época, dirigia-se à casa de titia Louzinha e padrinho Eduardo que não ficava distante da nossa e era grande, bem localizada e, apesar dos seis filhos do casal, abrigava quem ali se hospedava com fidalguia e aconchego.

Depois de vencer o cansaço da viagem, vovô dedicava seu precioso tempo para a conversa descontraída, relatando os acontecimentos mais recentes. Depois vinha o melhor momento: os presentes, especialmente para nós, a criançada de então. Ele ficava admirado com sua prole e conhecia alguns pirralhos que nunca tinha visto, mesmo porque não havia possibilidades de fotos, como atualmente que de um lado a outro do planeta se pode conectar em segundos pela internet. Isto nem se imaginava de um dia existir.

No período natalino ele trazia uma caixa muito interessante, preenchida com palha e dentro dela uma iguaria que até hoje não encontrei igual. Era o alfenim feito nos engenhos de cana-de-açúcar.

Alfenim é uma massa alva e seca feita de açúcar, água, vinagre ou limão e também óleo de amêndoas doces. Não era a rapadura batida, que também é feita da cana, mas tem a cor escura, amarronzada; o alfenim era branquinho, delicado, um primor de gostosura. Ao invés de trazer brinquedos ou algo que já se encontre por aqui, o velho optava pelos alfenis, pois marcava sua presença e representava sua Região. Cada doce representava uma figura folclórica no feitio.

Meu avô era um homem simples, vivia da agricultura e do comércio. Para mim ele simbolizou o sertanejo em si: “antes de tudo um forte”, como bem definiu Euclides da Cunha.

Quando estive com ele a última vez, foi lá na terra dele; lembro que eu estava noiva. Nenhum dos meus filhos conheceu seus bisavós, e mesmo com alguns avós não tiveram muita aproximação, especialmente pelo lado paterno. Uma pena!

A convivência entre as gerações é muito significativa e enriquece os seres humanos; procuro primar nos contatos com as netas que tenho, porque sei que elas guardarão na lembrança nossos belos momentos.

O Natal, por natureza, é um tempo propício para as famílias se entrelaçarem com muito amor e carinho, uma época de confraternização e reflexões, quando se faz um balanço de todo o ano vivido e se tem a possibilidade de recomeçar uma vida melhor com a Graça de Deus, até que chegue o último Natal de cada um de nós.

Tudo passa! Tudo passa!



Espetáculo Caixa de Natal, festival de corais e transmissão do show de Roberto Carlos encerram o calendário natalino de Caruaru

Pela primeira vez no calendário natalino da cidade, a Prefeitura de Caruaru, por meio da Fundação de Cultura, traz a oitava edição do Espetáculo Caixa de Natal, famoso por suas apresentações no Marco Zero do Recife. A apresentação vai contar com o coral do projeto e a musicalidade e alegria do Mundo Bita. O evento vai acontecer no dia 23, nas janelas da Igreja Imaculada Conceição, no Marco Zero, a partir das 19h.  

A edição deste ano vai contar com duas músicas em homenagem a Paulo Rafael, um dos maiores guitarristas brasileiros, padrinho do Caixa de Natal, nascido em Caruaru, que faleceu em 2021. Além da homenagem, farão parte do repertório grandes clássicos natalinos nacionais e internacionais, bem como, composições do Mundo Bita e canções do folclore pernambucano.   

Para abrilhantar ainda mais a noite que antecede os festejos de natal, após o espetáculo, a Estação Ferroviária será palco de apresentações de corais. Ao todo, quatro corais farão parte da programação. Em seguida, encerrando o calendário de 2022, será a vez da transmissão do show de Roberto Carlos, que é tradição nesta época. 

O show será transmitido via telão de LED para todos os caruaruenses e quem desejar assistir. A programação é gratuita e aberta ao público.

Confira a programação completa

Marco zero:

19h às 20h: Espetáculo Caixa de Natal, com participação especial do Mundo Bita.

Estação Ferroviária

20h40 - Apresentação do Coral Madrigal de Caruaru

21h10 - Coral Christus

21h45 - Orquestra dos meninos e meninas de São Caetano com Maestro Mozart Vieira

22h30 - Transmissão do Especial de Roberto Carlos

21/12/22

Tirando o foco de Noel para a lapinha por Nelson Lima

Créditos da imagem - https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento

Nesse artigo a escritora Malude lembra e menciona sua saudosa tia e madrinha, Louzinha Rodrigues. Memória emotiva à flor da pele. Na época uma criança ainda, hoje repassa suas vivências para outras crianças. 

A Lapinha ou Pastoril é uma dança de tradição religiosa do nordeste brasileiro. É um folguedo que integra o ciclo das festas natalinas, que conta a história de um grupo de pastorinhas que viaja até Belém à procura do menino Jesus. No Natal, comovem-me as Lapinhas residenciais, os Presépios tradicionais, a representação do nascimento de Jesus instituída por São Francisco e que chegou até nós como herança portuguesa. Em muitas cidades, a tradição resiste. Umas são verdadeiras obras de arte. Outras de uma singeleza tocante. Essas, me atrai mais.

No texto, Malude nos tira das festas e luzes, roupa e calçados novos, presentes, bebidas e comidas e nos remete para a essência do Natal: o presépio. E lá, o verdadeiro sentido do Natal. 

Clique no link abaixo e confira tudo AQUI.

O artigo não expressa necessariamente a opinião do blog.

POEMA DE NATAL por Vinícius de Morais

Para isso fomos feitos:

Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte -
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

ESTRELA DE BELÉM por Malude Maciel


A “Estrela” do Natal está brilhando,

Piscando, piscando, nos chamando,

Como é linda a Sua luz!

E o povo de Deus orando,

Clamando por paz, amor, pelas bênçãos de Jesus!


Vozes em coro, cantando,

Ao Rei dos reis exaltando,

Com alegria e também choro comovente

Sabendo que o Deus menino

Mesmo sendo o Altíssimo

Veio conviver com a gente


Reconhecendo a grandeza

Daquele que aqui nasceu

Embora sendo da realeza

Rebaixou-se à pobreza

E com os homens conviveu


Morrendo por amor naquela cruz

Salvou o homem do mal

Jesus quer nascer nos corações

Nessa noite de Natal!


Elevemos a alma a Deus

Evocando-o nesse momento

Para nos dá a graça

De termos arrependimento


Almejemos mil venturas

Nesse Natal e Novo Ano

Confiando no Senhor,

Deus amável, misericordioso e SOBERANO.