11/08/17

Longa Malasartes teve première no Cine Ceará, em Fortaleza



Presença rara no audiovisual brasileiro, a cultura popular serve de fonte de inspiração para Malasartes e o duelo com a Morte, comédia nacional que chega aos cinemas nesta quinta-feira. Dirigido por Paulo Morelli e estrelado pelo pernambucano Jesuíta Barbosa, o longa resgata a tradicional figura da literatura ibero-americana, caracterizada pela esperteza e sagacidade, atributos nem sempre utilizados de forma escrupulosa. O filme teve estreia nacional no 27º Cine Ceará, festival de cinema realizado em Fortaleza até a sexta-feira (11). 

No cinema, a incursão mais conhecida se deu por Mazzaropi, em As aventuras de Pedro Malazartes (1960). O espaço temporal entre as duas obras teria sido menor se não fossem os percalços na tentativa de Paulo Morelli resgatar Malasartes para as telas. Com o roteiro idealizado nos anos 1980, o cineasta tentou, sem sucesso, emplacar uma série de TV. Na década seguinte, adaptou o texto para o cinema, que também não decolou, por dificuldades na captação de verbas. Retirado da gaveta e retrabalhado, o roteiro só foi filmado em 2015 e, nesses dois anos que separam a gravação e o lançamento, o longa passou por complexo processo de pós-produção, já que metade do filme tem efeitos especiais. 

O orçamento inicial de R$ 10 milhões não foi suficiente para cobrir todos os valores envolvidos no processo digital. Os custos excedentes acabaramsendo bancados pela própria produtora, a O2 Filmes, fundada por Morelli, Fernando Meirelles e Andréa Barata. O diretor diz que Malasartes "virou um filme tantos efeitos especiais circunstancialmente", à medida que o projeto foi tomando forma. "Poderia ser realizado de uma maneira mais simples", reconhece, destacando que "o importante, é a história". Morelli, no entanto, pretende fazer do título uma espécie de cartão de visita da produtora para o mercado internacional e mostrar a expertise brasileira na área de efeitos especiais. 

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