24/04/18

Mary Queiroz entrevista JEORGE PEREIRA


Em nossa cobertura do 11º CURTA TAQUARY, Festival de Curta-metragens que aconteceu no município de Taquaritinga do Norte, Agreste de Pernambuco, no período de 16 à 21 de abril, realizamos uma série de Entrevistas com Realizadores, Atores que participaram do evento. Vamos repassar, agora, esse bate-papo:

Realizador de audiovisual desde 2004, formado em Cinema de Animação AESO-Barros Lima. Natural da Bahia, mas já está vivendo em Recife há mais de 20 anos, Nessa entrevista, JEORGE falou um pouco sobre sua experiência como Diretor, principalmente pelo fato de ser portador de necessidades especiais.

JEORGE PEREIRA

CLUBE DO FILME – Como foi seu contato com o CURTA TAQUARY?
JEORGE PEREIRA – é meu segundo ano no CURTATAQUARY. Ano passado, participei de uma MESA DE DEBATES SOBRE ANIMAÇÃO, a convite do ALEXANDRE SOARES. Fortalecemos nosso laço de amizade, e hoje estou aqui novamente a convite dele.

CLUBE DO FILME – Neste ano, você está participando de qual atividade?
JEORGE PEREIRA – estou tendo a honra de participar da comissão julgadora de duas importantes mostras do Festival: MOSTRA BRASIL e MOSTRA PRIMEIROS PASSOS. Vamos avaliar as produções deste pessoal novo que está chegando aí, com toda energia,

CLUBE DO FILME – Como você avalia, hoje, as produções do cinema pernambucano?
JEORGE PEREIRA – O cinema nacional como um todo, deu uma guinada muito significativa, nos últimos 12 anos, especificamente em Pernambuco. Diante deste panorama, temos tudo para nos tornarmos uma produção autossustentável, afinal, a gente vem fazendo um cinema o qual tem despertado o brasileiro a fomentar sua necessidade de ir as salas exibidoras, com uma visão menos preconceituosa sobre seu próprio cinema. Pernambuco, hoje figura entre os principais polos produtores, com uma demanda de grandes cineastas, como KLEBER MENDONÇA FILHO, GABRIEL MASCARO, MARCELO GOMES e tantos outros que vem se destacando neste cenário.

Mary Queiroz e Jeorge Pereira  


CLUBE DO FILME – Quais os seus trabalhos na área de produção? O que você destacaria pra gente?
JEORGE PEREIRA – Em 2011, participei na produção de um curta de animação chamado “EX-MÁGICO”, que era minha praia, na época. Anos depois, produzi um curta-metragem com duração aproximada de 17 minutos, chamado “O ORGANISMO”. As minhas produtoras ficaram tão empolgadas com o trabalho, que viram ali, a possibilidade de se fazer um longa, então, mergulhamos nesta empreitada, com a aprovação nos editais, conseguimos recursos para realizar o longa, que perdeu seu artigo “O”, e foi lançado com o título de “ORGANISMO”, em 2017. Atualmente, atua como Colaborador de Roteiro e Diretor Assistente no filme de ADRIANO PORTELA, o longa “RECIFE ASSOMBRADO”, que tem estreia prevista para 2019.

CLUBE DO FILME – Qual sua impressão sobre o CURTA TAQUARY, levantar essas questões pertinentes a acessibilidade?
JEORGE PEREIRA – Essa janela aberta pelo festival é de suma importância e fundamental. Acredito que o CURTA TAQUARY, seja o único festival da atualidade que abriu uma pauta sobre esse assunto. O universo do audiovisual, precisa se apropriar a essa adequação de que cinema é para todos, independente de suas convicções e especialmente de suas condições pra se ter acesso a esse universo.

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