A sabedoria conhece o mundo
mas nada tem a ver com a poesia.
As hélices do tempo se movem
com a loucura verbal do poema,
o tempo imortal é o tema
que funda palavras na eternidade.
A felicidade ergue seus voos,
e escrevemos o que dela se avista,
a dor da fome é fúria limpa
e no final do verso se declara.
Os humildes, os pobres e os humilhados
escrevem por mim vida afora.
É ave muito, muito clara,
a marcar nos relógios
a sentença dos minutos.
O poeta nomeia as coisas
e ordena o mundo.
Este é meu ofício,
seu vício diário
e intransferível.
mas nada tem a ver com a poesia.
As hélices do tempo se movem
com a loucura verbal do poema,
o tempo imortal é o tema
que funda palavras na eternidade.
A felicidade ergue seus voos,
e escrevemos o que dela se avista,
a dor da fome é fúria limpa
e no final do verso se declara.
Os humildes, os pobres e os humilhados
escrevem por mim vida afora.
É ave muito, muito clara,
a marcar nos relógios
a sentença dos minutos.
O poeta nomeia as coisas
e ordena o mundo.
Este é meu ofício,
seu vício diário
e intransferível.
Luiz de Miranda nasceu em Uruguaiana, Rio Grande do Sul, dia 6 de abril de 1945. “Afirmar o próprio eu e, a partir desse ponto, construir a poesia são as marcas da poesia de Luiz de Miranda. A identidade pessoal é o ponto de partida de uma obra fortemente subjetiva, facultando ao sujeito dizer de si mesmo: ‘Sou o louco, o deserdado, o gaudério’, como procede em Cantos de Sesmaria.” – na apresentação de Regina Zilberman.
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