19/05/18

Cem Anos de Solidão (Gabriel García Márquez)


A resenha dessa semana é sobre um dos maiores escritores da América Latina, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1982. Gabriel García Márquez, também conhecido como Gabo, nasceu na Colômbia e se tornou o mestre do realismo mágico latino-americano.
Cem Anos de Solidão é uma de suas maiores obras e foi escrita em 1967. Uma leitura fascinante e ao mesmo tempo perturbadora em alguns momentos. A tradição oral colombiana transmitida por seus avós contribuiu em boa parte para a construção de suas histórias.


Sinopse da Editora:
Neste, que é um dos maiores clássicos de Gabriel García Márquez, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía – a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.
“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo.” (página 07)
Cem Anos de Solidão conta a saga da família Buendía, inicialmente formada por José Arcádio Buendía e sua esposa Úrsula Iguarán. Para fugir do fantasma Prudêncio Aguilar, assassinado por José Arcádio durante uma briga, o casal reuniu alguns amigos e partiram para fundar um novo povoado, o qual chamaram de Macondo. Esse povoado fictício é constantemente visitado por ciganos que trazem as novidades do mundo afora deixando os habitantes encantados.
 Durante a narrativa acompanhamos sete gerações dos Buendía e percebemos que todos possuem características em comum. Alguns são marcados pela inventividade e criatividade, mas todos são marcados pela solidão. As gerações mudam e os nomes permanecem os mesmos. Isso pode até confundir um pouco de início, mas o livro tem uma árvore genealógica que pode auxiliar na compreensão dos personagens. Na medida que avançamos na leitura percebemos que a repetição dos nomes é uma estratégia utilizada pelo autor para nos mostrar que o tempo é circular e que os destinos se repetem.
Se os homens dessa família são marcados pela mesma masculinidade e o mesmo destino, as mulheres são únicas e possuem nomes emblemáticos. Dentre elas, destaca-se Úrsula, matriarca da família que viveu mais de cem anos, batizou muita gente e viu muitas tragédias acontecerem. Elementos fantásticos como a mulher que levita, ou a peste de insônia que atinge a cidade inteira, são descritos com tanta naturalidade que nem se tornam desconcertantes. Esse é um daqueles livros que você precisa ler para compreender porque o autor ganhou a fama de ser um excelente contador de histórias. 
Informações sobre a edição:
Título: Cem anos de solidão
Autor: Gabriel García Márquez
Páginas:448
Editora: Record; 
Edição: 89ª (21 de julho de 2014)

Nenhum comentário: