Para minha estreia no blog, escolhi apresentar uma obra indispensável para os amantes da literatura inglesa. Um livro com uma personagem forte e com uma história cheia de infortúnios. Jane Eyre é a obra prima da consagrada escritora britânica Charlotte Bronte e caso você tenha receio de se aventurar nos clássicos ingleses, esse livro é uma boa escolha para começar a conhecê-los.
Charlotte Brontë era a mais velha das famosas irmãs Brontë e todas eram escritoras. Os seus dois primeiros romances foram publicados sob o pseudônimo Currer Bell. Entre as razões para a escolha do pseudônimo está o fato das escritoras receberem um tratamento diferente da crítica especializada e pela percepção de que sua maneira de escrever não seria considerada “feminina”.
Sinopse da Editora:
Jane Eyre, romance de estreia da consagrada e renomada escritora inglesa Charlotte Brontë, narra a história de vida da heroína homônima. Quebrando paradigmas e criticando a realidade vitoriana da época, Jane Eyre desafia o destino imposto às mulheres e as posições sociais que elas deveriam ocupar. Recheado de características góticas, o romance possui personagens inesquecíveis e transformadores, como a figura do misterioso Rochester, patrão de Jane e peça vital da narrativa.
Jane Eyre é um romance de formação, onde acompanhamos sua infância e o início da vida adulta. Sua trajetória é marcada pelo o sofrimento desde o período que ficou órfã e passou a morar com a tia, a Senhora Reed, onde sofreu bastante com a ausência de afeto por parte dos seus familiares. Aos dez anos foi enviada para Lowood, uma instituição de ensino distante para meninas carentes e é lá onde ela vai passar seus próximos oito anos.
Após vários anos de estudo e uma educação rigorosa, Jane resolve buscar novas oportunidades para sua vida e encontra um emprego de preceptora na mansão Thornfield Hall, onde se apaixona por seu misterioso patrão, o Mr. Rochester, quase vinte anos mais velho que ela e nem imagina o segredo que existe na mansão.
O livro possui várias passagens bucólicas marcadas por belas descrições da natureza nos possibilitando imaginar os cenários da estória. Jane cultiva o desejo de ser livre e expressa sua insatisfação com a sociedade patriarcal da Inglaterra vitoriana, onde as mulheres não podem ter uma vida de aventuras e precisam se limitar ao horizonte. Os diálogos de Jane e do Mr. Rochester são intensos, cheios de expressão de sentimentos e ausência de formalidades.
Outro elemento importante na narrativa é a religiosidade da personagem, que está sempre presente durante toda a sua formação. Ela possui uma forte fé em Deus e crê que seus sentimentos e desejos são guiados por Ele. Sua moral e consciência são bem estruturadas e ela se guia firmemente por suas escolhas até quando escolher torna-se muito difícil.
“Não sou um pássaro, e não fui presa em uma armadilha. Sou um ser humano livre com minha vontade independente.”
É uma obra intensa e que nos presenteia com um bom panorama da sociedade vitoriana e a maneira como os afetos e sentimentos eram tratados. Pode até causar estranheza em nós leitores de 2018, mas se levarmos em consideração o contexto social aprenderemos vários elementos sobre esse período repleto de restrições, mas também cheio de produções literárias grandiosas.
A edição que eu tenho é da Editora Martin Claret. Segue abaixo algumas informações:
Título original: Jane Eyre
Autor: Charlotte Brontë
Editora: Martin Claret
Número de páginas: 780
Ano: 2014
Gênero: Literatura Estrangeira/Romance
MINHA NOTA: 5/5
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