21/06/18

Comitiva da Academia de Cordel de Caruaru recebe prêmio em Recife

Valdez Soares, Marcelino Granja (Sec. de Cultura de PE), Val Tabosa, Carlos Soares e Jénerson Alves  
Uma comitiva de integrantes da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC) esteve em Recife nesta quinta-feira 21, para participar da entrega do 3º Prêmio Ariano Suassuna. Os poetas Carlos Soares, Jénerson Alves, Val Tabosa e Valdez Soares representaram os demais acadêmicos na solenidade, que aconteceu no Palácio do campo das Princesas.

A ACLC apresentou o projeto com o tema ‘A difusão da literatura de cordel como bem material em âmbito nacional’, na categoria Cultura Popular. O grupo receberá R$ 15 mil. Para o cordelista Carlos Soares, a premiação será de grande importância para incrementar as atividades da entidade. “Nosso maior objetivo é desenvolver uma pequena editora de cordéis, para apoiar a difusão de materiais dos poetas da nossa região”, declarou.

Valdez Soares, Val Tabosa e Carlos Soares
O poeta Jénerson Alves – atual vice-presidente da instituição – ressalta que, além do valor financeiro, o prêmio traduz reconhecimento. “Os poetas da ACLC poderão respirar um pouco mais tranquilos, pois esse tipo de valorização enaltece as nossas raízes culturais. Então, ficamos mais motivados para persistirmos produzindo e difundindo a literatura de cordel e tudo o que ela representa para a nossa identidade”, pontuou.

Durante a solenidade, o secretário de Cultura, Marcelino Granja, parabenizou os vencedores e salientou o aspecto simbólico da premiação diante do contexto político atual. “Estamos vivenciando uma crise política nacional, em que até a democracia está ameaçada, mas o Governo de Pernambuco persiste desenvolvendo grandes ações de valorização da cultura popular”, disse.

Valdez Soares, Paulo Câmara (Governador de PE), Carlos Soares, Jénerson Alves e Val Tabosa
Granja ainda elencou prêmios estaduais, a exemplo do Hermilo Borba Filho, de Literatura; do Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural; o Pernalonga, de Teatro; e o Pernambuco de Fotografia, entre outros.

Semelhantemente, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) disse que o estado de Pernambuco está “na contramão” do Brasil, mas de forma positiva. “Na Câmara Federal iniciou uma discussão sobre a retirada de verbas direcionadas para a Cultura, oriundas das loterias, para serem direcionadas à Segurança Pública. Eu pergunto: como enfrentar a questão da Segurança Pública sem investimento em Cultura?”, questionou, parabenizando ao governo de Pernambuco por adotar uma postura, segundo ela, de “resistência” em defesa do povo.

Na ocasião, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), também assinou o Prêmio Palhaço Cascudo, em homenagem ao circense Francisco Chagas da Costa e com o objetivo de incentivar as expressões da arte circense no estado, contando com um investimento de R$ 150 mil. “Apesar dos problemas e das dificuldades existentes no País, entendemos a importância de investir na cultura para promover um futuro melhor”, disse o socialista.

Valdez\ Soares, Val Tabosa e Jénerson Alves
A solenidade contou com a presença de diversas autoridades, dentre as quais pode-se mencionar a filha de Ariano Suassuna, Mariana Suassuna, bem como a presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Márcia Souto, e os deputados estaduais Waldemar Borges (PSB), Henrique Queiroz (PR) e Aluísio Lessa (PSB).

Outros vencedores
Além da ACLC, os vencedores do 3º Prêmio Ariano Suassuna na categoria Cultura Popular foram o grupo Caboclinho Carijós do Recife; Mestre Zé Negão (Camaragibe); Vera Lúcia de Medeiros, da Renda Renascença (Poção); No Passo do Cavalo Marinho Estrela de Ouro (Condado); Mestre Ciriaco do Coco (Glória do Goitá); Grupo de Coco Tebei de Cultura Popular de Tacaratu e a poetisa Maria Dulce de Lima Pessoa (Tabira).

No segmento Dramaturgia, os vencedores foram os textos ‘Terminal’, de Rodrigo Dourado, e ‘Desculpe o atraso, eu não queria vir’, de Cleyton Cabral (categoria Adulto); ‘Tempo de Flor’, de Alexsandro Souto Maior, e ‘Recital para revoar’, de Djaelton Quirino (Teatro para Infância); e ‘Mariolengo’, de Alex Apolonio Soares, e ‘Do barro se fez amor’, de Anderson Leite (Teatro para Animação).

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