27/06/18

"O Brasil está violento por causa das drogas", diz o cantor Mattos Nascimento

Mattos Nascimento falou sobre música, política e seu carinho por Caruaru.
Foto: Joyce Sueely/ConTexto

ConTexto

Com mais de 40 CDs gravados, o carioca Mattos Nascimento é um dos cantores mais queridos do Brasil no segmento gospel, que também se apresentou em países como Estados Unidos, Holanda, Japão, Itália, Suíça, Bélgica, Portugal, Argentina e Paraguai. Mattos concedeu entrevista simultânea ao jornalista Jénerson Alves, de ConTexto, e à publicitária Fernanda Thafnes, do Blog Cultura e Cidadania. Confira:
Faz sete anos que o senhor esteve em Caruaru. É uma emoção diferente cantar na Capital do Agreste?
Sim, é sempre uma nova emoção. Subir em um palco para cantar para uma multidão maravilhosa como esta dá um friozinho na barriga.

Na apresentação que ocorreu há sete anos, o senhor fez uma mensagem muito interessante, falando sobre as drogas. É uma preocupação sua falar sobre temas sociais?
Sempre cito isso. O mal do mundo de hoje são as drogas. “O Brasil está violento por causa das drogas”. A corrupção agrava, mas as drogas destroem famílias. Porém, há drogas porque falta emprego, educação, moradia... Muitos estão na criminalidade porque não têm o que comer – não estou, com isso, querendo dizer que eles estão certos. É preciso oferecer condições para que eles trabalhem e comam.

Como foi a preparação do repertório para este show?
Temos vários estilos. Faço forró, músicas melodiosas, rock, até algo voltado ao funk, mas aqui fiz um trabalho mais voltado para o forró, pois este evento foi um grande “arraiá”.

E o contato com seus amigos de Caruaru?
Tenho muitos amigos em Caruaru. O Jaelcio Tenório, por exemplo, conheci há 27 anos. A filha dele não tinha nem nascido, ela tem 20 anos agora. O Jaelcio foi o cara que me trouxe pela primeira vez a Caruaru, na Rádio Difusora. Ele sempre me deu muito apoio, levou-me para Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Campina Grande, Bezerros. Confio muito em Jaelcio, pois ele é um homem de palavra.

Você é um cantor de muito sucesso. Suas músicas passam muito tempo na mídia. Há algum projeto em vista?
‘O Sonho de José’ a gente vendeu 170 mil cópias, em um tempo de crise, no qual não se vende mais CDs, por causa da internet. Sinto-me privilegiado por isso. Há um projeto novo, maravilhoso, que estou gravando no Rio de Janeiro.

Como foi sua experiência na Câmara Federal?
Eu fui deputado federal, mas deixei o suplente assumir por muito tempo. Agora, estão me lançando no Rio para senador, para esta eleição deste ano. Eu aceitei. Se eu for, ‘aposento-me’ da música gospel para exercer melhor meu mandato.

Como você avalia a importância de o cristão estar inserido na política?
Se os cristãos não estiverem lá, a igreja será exterminada. Há projetos para acabar com o evangelismo, para acabar com a família. Quem segura isso nas câmaras municipais, no estado e na federação são as igrejas.

Que mensagem você gostaria de deixar para o público?
Tudo o que está acontecendo hoje em dia é bíblico: terremotos, fomes, pestes nunca vistos antes. Coisas terríveis acontecerão ainda. Então, o negócio é olhar para o alto, converter-se a Cristo, viver bem, comer bem, viajar bem, ganhar dinheiro bem, mas ter Jesus como seguro de vida. Ele é a única esperança para o nosso país.

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