Elas são atraentes,
talentosas, profissionais e só querem se dar bem!
Aproveitar uma boa ideia já
estabelecida e desenvolver uma nova história com essa ideia não é fácil. A
Franquia “ONZE HOMENS E UM SEGREDO”, filme no qual se transformou numa das
trilogias mais bem sucedidas do cinema, reuniu uma gama de grandes astros do
cinema em uma só produção como Brad Pitt, George Clooney e Matt Damon, só citando
os mais conhecidos. A premissa era simples, reunir um grupo de homens preparados
para assaltarem um Cassino, aplicando outros golpes enquanto o assalto
principal acontecia. Nos 3 filmes, a sintonia, a química entre esse elenco de
peso, funcionou plenamente. E aí, passados onze anos da última produção, somos
agraciados com “OITO MULHERES E UM SEGREDO”.
Somos apresentados a Debbie Ocean (Sandra
Bullock), recém-saída da prisão, procura
sua ex parceira Lou (Cate Blanchett) para realizar um elaborado assalto: roubar
um colar de diamantes no valor de US$ 150 milhões, que a Cartier mantém sempre
em um cofre. O plano é convencer a empresa a emprestá-lo para que a estrela
Daphne Kluger (Anne Hathaway) use a joia no badalado Met Gala, um dos eventos
mais chiques e vistosos de Nova York. Para tanto, Debbie e Lou reúnem uma
equipe composta apenas por mulheres: Nine Ball (Rihanna), Amita (Mindy Kaling),
Constance (Awkwafina), Rose (Helena Bonham Carter) e Tammy (Sarah Paulson).
O time mudou, afinal mulheres
gostam de joias, brilhantes, colares, pulseiras, brincos e se forem feitos de
diamantes, melhor ainda. E passamos então, a acompanhar o time de Debbie Ocean,
irmã do Danny Ocean (personagem do George Clooney na trilogia citada). A grande
pergunta era se daria certo reunir um elenco de peso feminino para aplicar um
roubo, não de banco, mas de um colar extremamente caro. Sinceramente a ideia
caiu como uma luva. O diretor Gary Ross, que não traz em seu currículo grandes
filmes, exceto por “JOGOS VORAZES”(2012), acerta a mão em manter coeso um
elenco de grandes atrizes, sabendo trabalhar bem o universo feminino.
Sem buscar muitos exageros e
talvez isso incomode alguma parte dos fãs, o diretor não perde muito tempo em
demonstrar no que essas mulheres são especialistas e é nesse ponto que apesar
de tudo, ele peca um pouco. As personagens centrais vividas por Sandra Bulock e
Cate Blanchett têm suas origens bem definidas, porém, ao sermos apresentados as
demais componentes do grupo, temos a sensação de ter faltado algo mais, onde
pudéssemos conhecer detalhes importantes delas. Também ao trazer referências
pertinentes ao primeiro filme da franquia, novamente Gary Ross perde a mão,
pois as cenas são pouco convincentes e perdem seu melhor contexto se comparado
as suas referências. Claro, o público que não viu, nada vai perceber, mas ao
espectador mais atento, isso se tornará uma falha imperdoável.
No quesito de interpretação, as
atrizes parecem se divertirem a beça, nos ofertando momentos de puro humor, com
uma certa dose de malícia e algumas reviravoltas bem trabalhadas, mas a
personagem de Rihanna (Bola 9) e Mindy Kaling (Amita), são as únicas que
aparentam estarem um pouco deslocadas, pois dentro do quesito de suas
qualificações para o “serviço”, elas não pareceram tão convincentes. Helena Bonham
Carter (Rose), faz suas caras e bocas de sempre, remetendo muito a sua
personagem Rainha Vermelha, dos filmes “Alice No País Das Maravilhas” e “Alice
Através Do Espelho”. Surpresa mesmo foi a personagem Daphne Kluger vivida por
Anne Hathaway, essa nos presenteia com uma reviravolta muito interessante.
“OITO MULHERES E UM SEGREDO”
acerta o ritmo, mantem o padrão dos outros filmes, além de trazer alguns
personagens destes, conseguindo ainda deixar brecha para uma sequência, pois a
produção vai cair nas graças do público devido a presença dessas beldades da
Sétima Arte brilhando literalmente na telona. Quer diversão numa trama bem
amarrada? Corre e vai assistir
porque vale muito a pena ver um grupo de
mulheres empoderadas, decidadas e cheias de truques para fazerem acontecer
qualquer serviço. Elas mostram como se deve administrar questões emotivas para
chegarem a seus objetivos e fazem isso se utilizando de suas competências e
determinação.
#Assista
#Filmenotasete
#OitoMulheresEUmSegredo
PROGRAMA
CLUBE DO FILME
Neste sábado as 13h, tem o seu programa de cinema CLUBE DO FILME, pela
Rádio Cultura do Nordeste AM 1130. Apresentado por EDSON SANTOS e MARY QUEIROZ,
contará com a participação de PAULA LUCATELLI do site IDENTIDADE CINÉFILA e
STEPHANIE SÁ, Jornalista da Rádio Cultura. O tema será: “A OBRA DE ARTE NA ERA
DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA”. Quando é que uma obra cinematográfica perde seu
valor de originalidade? Alterar um filme de seus padrões é ferir sua qualidade?
Os remakes são válidos? A pirataria abriu as portas para prejudicar ainda mais
essa originalidade? Tudo isso e muito mais no Programa Clube do Filme.
Acesse e confira: http://radioculturadonordeste.com.br/
ESPECIAL SÃO JOÃO: FILMES COM TEMÁTICA NORDESTINA
Aproveitando esse clima dos folguedos
juninos, vamos passar algumas dicas de filmes que trazem em seu contexto,
elementos da cultura do Nordeste para quem quiser conhecer um pouco dessas
tradições do interior do sertão.
1.GONZAGA: DE PAI PRÁ FILHO - de 2012 (2h 00min); Direção:
Breno Silveira; Elenco: Adélio Lima,
Nivaldo Expedito de Carvalho, Júlio Andrade, Nanda Costa.
Uma cinebiografia sobre o mais
importante expoente do nosso forró: LUIZ GONZAGA, o Eterno Rei do Baião. O
filme traça a trajetória de Gonzaga, da infância pobre, a sua ida para a
capital São Paulo. Seus conflitos pessoais, em especial com seu filho
Gonzaguinha. Destaque para a incrível interpretação do Ator caruaruense ADÉLIO
LIMA, que faz um Gonzagão sofrido, angustiado, amargurado e sua reconciliação
com Gonzaguinha, aqui interpretado magistralmente pelo Ator JÚLIO ANDRADE.
2.O AUTO DA COMPADECIDA -
de 2000 (1h 35min) Direção: Guel Arraes. Elenco: Matheus Nachtergaele,
Selton Mello, Denise Fraga.
Uma das mais brilhantes adaptações
da obra do Imortal ARIANO SUASSUNA. As presepadas de JOÃO GRILO e seu amigo o
“medroso” e não tão “esperto” Chicó, tentando sobreviver sem trabalhar pesado.
Quem, neste Brasil, não viu essa genial adaptação, quer no cinema, quer na tv?
E quem não viu mais de uma, duas, três vezes? Um filme que reúne grande elenco,
extremamente afiado em seus personagens, inesquecíveis...o padeiro traído...sua
mulher adúltera...o padre e o bispo que só pensam em dinheiro...o “coroné”
poderoso...a donzela cobiçada...o valentão...estão todos aí, para nosso
deleite!
3.LISBELA E O PRISIONEIRO - de 2003 (1h 50min) Direção: Guel
Arraes. Elenco: Selton Mello, Débora Falabella, Marco Nanini.
Uma fábula interiorana que conta
as peripécias de um malandro sedutor vendedor ambulante Lelèu (Selton Melo, em
mais um atuação impecável!), tentado vender suas “bugingangas” aos mais
inocentes clientes, com a promessa de resolver seus problemas. Aqui, temos
novamente, os elementos mais culturais do Nordeste: as quermesses, os parques
de diversão, Monga a Mulher Gorila, os mercados e tudo mais. Personagens
inesquecíveis, cativantes e bem engraçados...(vide o matuto Douglas (vivido por
Bruno Garcia, ator pernambucano) que passou uma temporada na “capitá”, e voltou
com um sotaque ridículo).
4.DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL - de 1964 (1h 50min)
Direção: Glauber Rocha. Elenco: Geraldo Del Rey, Yoná Magalhães, Othon Bastos.
Um filme profundo, forte, cru e
verdadeiro, como eram os filmes do Diretor Baiano GLAUBER ROCHA. Manuel
(Geraldo Del Rey) é um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo
coronel Moraes (Mílton Roda) e acaba matando-o numa briga. Ele passa a ser
perseguido por jagunços, o que faz com que fuja com sua esposa Rosa (Yoná
Magalhães). O casal se junta aos seguidores do beato Sebastião (Lídio Silva),
que promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo místico e
ritual. Porém ao presenciar a morte de uma criança Rosa mata o beato.
Simultaneamente Antônio das Mortes (Maurício do Valle), um matador de aluguel a
serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região, extermina os
seguidores do beato. Considerados por muitos, como um “autêntico faroeste
tupiniquim”.
5.O BAILE PERFUMADO - de 1997 (1h 33min Direção: Lírio
Ferreira, Paulo Caldas. Elenco: Chico Diaz, Luiz Carlos Vasconcelos, Jofre
Soares.
Lampião e seu bando como você
nunca viu. Um homem vaidoso, gentil, apaixonado...nessa história, que
possivelmente contém cenas reais do rei do cangaço em seus momentos mais
pessoais, conta a história de um amigo íntimo do Padre Cícero (Jofre Soares), o
mascate libanês Benjamin Abrahão (Duda Mamberti) que decide filmar Lampião
(Luís Carlos Vasconcelos) e todo seu bando, pois acredita que este filme o
deixará muito rico. Após alguns contatos iniciais ele conversa diretamente com
o famoso cangaceiro e expõe sua ideia, mas os sonhos do mascate são
prejudicados pela ditadura do Estado Novo. A fotografia e as tomadas áreas
deste filme, são de uma perfeição e beleza magistral, ao retratar nossa região.
6.O CANGACEIRO - de 1953 (1h 45min) Direção: Lima Barreto
(II) Elenco: Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro.
Poucos foram os filmes que
retrataram tão bem, as questões do comportamento dos cangaceiros. Aqui, temos
uma trama bem amarrada, retratando as atitudes tomadas por esses foras da lei,
e suas consequências. O bando de
cangaceiros do capitão Gaudino (Milton Ribeiro) semeia o terror pela caatinga
nordestina. É neste contexto que a professora Maria Clódia (Vanja Orico),
raptada durante um assalto do grupo, se apaixona pelo pacífico Teodoro (Alberto
Ruschel). O forte amor entre os dois gera grande conflito no bando. A trilha
sonora é um espetáculo à parte, com xaxado, arrasta-pé e baião, bem
nordestinos. Único filme brasileiro a ganhar 2 prêmios no FESTIVAL DE CANNES daquele
ano de 1954: Melhor Filme de Aventura e Menção Especial pela Trilha Sonora.
Teve uma refilmagem em 1997, que não teve tanto sucesso quanto seu original.
SOL DA MEIA-NOITE
Katie (Bella Thorne) é uma jovem
de 17 anos que vive protegida dentro de sua casa desde a sua infância.
Confinada no local durante os dias, ela possui uma rara doença que faz com que
a menor quantidade de luz solar seja mortal. Sua situação muda quando seu
destino se cruza com o de Charlie (Patrick Schwarzenegger) e eles iniciam um
romance de verão.
JURASSIC WORLD –
REINO AMEÇADO
Três anos após o fechamento do
Jurassic Park, um vulcão prestes a entrar em erupção põe em risco a vida na
ilha Nublar. No local não há mais qualquer presença humana, com os dinossauros
vivendo livremente. Diante da situação, é preciso tomar uma decisão: deve-se
retornar à ilha para salvar os animais ou abandoná-los para uma nova extinção?
Decidida a resgatá-los, Claire (Bryce Dallas Howard) convoca Owen (Chris Pratt)
a retornar à ilha com ela.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DOS CINEMAS
Um comentário:
E uma obra pertencente ao subgênero heist movie que não consegue provocar tensão é uma obra com graves problemas em sua concepção básica. Sarah Paulson fez um excelente trabalho no filme, sempre achei o seu trabalho excepcional, sempre demonstrou por que é considerada uma grande atriz, desfrutei do seu talento neste filme The Post filme faz uma grande química com todo o elenco, vai além dos seus limites e se entrego ao personagem. Lembro dos seus papeis iniciais, em comparação com os seus filmes atuais, e vejo muita evolução, mostra personagens com maior seguridade e que enchem de emoções ao expectador.
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