14/06/18

OITO MULHERES E UM SEGREDO


Elas são atraentes, talentosas, profissionais e só querem se dar bem!

Aproveitar uma boa ideia já estabelecida e desenvolver uma nova história com essa ideia não é fácil. A Franquia “ONZE HOMENS E UM SEGREDO”, filme no qual se transformou numa das trilogias mais bem sucedidas do cinema, reuniu uma gama de grandes astros do cinema em uma só produção como Brad Pitt, George Clooney e Matt Damon, só citando os mais conhecidos. A premissa era simples, reunir um grupo de homens preparados para assaltarem um Cassino, aplicando outros golpes enquanto o assalto principal acontecia. Nos 3 filmes, a sintonia, a química entre esse elenco de peso, funcionou plenamente. E aí, passados onze anos da última produção, somos agraciados com “OITO MULHERES E UM SEGREDO”.


Somos apresentados a Debbie Ocean (Sandra Bullock), recém-saída da prisão,  procura sua ex parceira Lou (Cate Blanchett) para realizar um elaborado assalto: roubar um colar de diamantes no valor de US$ 150 milhões, que a Cartier mantém sempre em um cofre. O plano é convencer a empresa a emprestá-lo para que a estrela Daphne Kluger (Anne Hathaway) use a joia no badalado Met Gala, um dos eventos mais chiques e vistosos de Nova York. Para tanto, Debbie e Lou reúnem uma equipe composta apenas por mulheres: Nine Ball (Rihanna), Amita (Mindy Kaling), Constance (Awkwafina), Rose (Helena Bonham Carter) e Tammy (Sarah Paulson).

O time mudou, afinal mulheres gostam de joias, brilhantes, colares, pulseiras, brincos e se forem feitos de diamantes, melhor ainda. E passamos então, a acompanhar o time de Debbie Ocean, irmã do Danny Ocean (personagem do George Clooney na trilogia citada). A grande pergunta era se daria certo reunir um elenco de peso feminino para aplicar um roubo, não de banco, mas de um colar extremamente caro. Sinceramente a ideia caiu como uma luva. O diretor Gary Ross, que não traz em seu currículo grandes filmes, exceto por “JOGOS VORAZES”(2012), acerta a mão em manter coeso um elenco de grandes atrizes, sabendo trabalhar bem o universo feminino.


Sem buscar muitos exageros e talvez isso incomode alguma parte dos fãs, o diretor não perde muito tempo em demonstrar no que essas mulheres são especialistas e é nesse ponto que apesar de tudo, ele peca um pouco. As personagens centrais vividas por Sandra Bulock e Cate Blanchett têm suas origens bem definidas, porém, ao sermos apresentados as demais componentes do grupo, temos a sensação de ter faltado algo mais, onde pudéssemos conhecer detalhes importantes delas. Também ao trazer referências pertinentes ao primeiro filme da franquia, novamente Gary Ross perde a mão, pois as cenas são pouco convincentes e perdem seu melhor contexto se comparado as suas referências. Claro, o público que não viu, nada vai perceber, mas ao espectador mais atento, isso se tornará uma falha imperdoável.

No quesito de interpretação, as atrizes parecem se divertirem a beça, nos ofertando momentos de puro humor, com uma certa dose de malícia e algumas reviravoltas bem trabalhadas, mas a personagem de Rihanna (Bola 9) e Mindy Kaling (Amita), são as únicas que aparentam estarem um pouco deslocadas, pois dentro do quesito de suas qualificações para o “serviço”, elas não pareceram tão convincentes. Helena Bonham Carter (Rose), faz suas caras e bocas de sempre, remetendo muito a sua personagem Rainha Vermelha, dos filmes “Alice No País Das Maravilhas” e “Alice Através Do Espelho”. Surpresa mesmo foi a personagem Daphne Kluger vivida por Anne Hathaway, essa nos presenteia com uma reviravolta muito interessante.

“OITO MULHERES E UM SEGREDO” acerta o ritmo, mantem o padrão dos outros filmes, além de trazer alguns personagens destes, conseguindo ainda deixar brecha para uma sequência, pois a produção vai cair nas graças do público devido a presença dessas beldades da Sétima Arte brilhando literalmente na telona. Quer diversão numa trama bem amarrada?  Corre e vai assistir porque  vale muito a pena ver um grupo de mulheres empoderadas, decidadas e cheias de truques para fazerem acontecer qualquer serviço. Elas mostram como se deve administrar questões emotivas para chegarem a seus objetivos e fazem isso se utilizando de suas competências e determinação.

#Assista
#Filmenotasete
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PROGRAMA CLUBE DO FILME

Neste sábado as 13h, tem o seu programa de cinema CLUBE DO FILME, pela Rádio Cultura do Nordeste AM 1130. Apresentado por EDSON SANTOS e MARY QUEIROZ, contará com a participação de PAULA LUCATELLI do site IDENTIDADE CINÉFILA e STEPHANIE SÁ, Jornalista da Rádio Cultura. O tema será: “A OBRA DE ARTE NA ERA DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA”. Quando é que uma obra cinematográfica perde seu valor de originalidade? Alterar um filme de seus padrões é ferir sua qualidade? Os remakes são válidos? A pirataria abriu as portas para prejudicar ainda mais essa originalidade? Tudo isso e muito mais no Programa Clube do Filme.
Acesse e confira: http://radioculturadonordeste.com.br/


ESPECIAL SÃO JOÃO: FILMES COM TEMÁTICA NORDESTINA

Aproveitando esse clima dos folguedos juninos, vamos passar algumas dicas de filmes que trazem em seu contexto, elementos da cultura do Nordeste para quem quiser conhecer um pouco dessas tradições do interior do sertão.

1.GONZAGA: DE PAI PRÁ FILHO - de 2012 (2h 00min); Direção: Breno Silveira;  Elenco: Adélio Lima, Nivaldo Expedito de Carvalho, Júlio Andrade, Nanda Costa.
Uma cinebiografia sobre o mais importante expoente do nosso forró: LUIZ GONZAGA, o Eterno Rei do Baião. O filme traça a trajetória de Gonzaga, da infância pobre, a sua ida para a capital São Paulo. Seus conflitos pessoais, em especial com seu filho Gonzaguinha. Destaque para a incrível interpretação do Ator caruaruense ADÉLIO LIMA, que faz um Gonzagão sofrido, angustiado, amargurado e sua reconciliação com Gonzaguinha, aqui interpretado magistralmente pelo Ator JÚLIO ANDRADE.



2.O AUTO DA COMPADECIDA -  de 2000 (1h 35min) Direção: Guel Arraes. Elenco: Matheus Nachtergaele, Selton Mello, Denise Fraga.
Uma das mais brilhantes adaptações da obra do Imortal ARIANO SUASSUNA. As presepadas de JOÃO GRILO e seu amigo o “medroso” e não tão “esperto” Chicó, tentando sobreviver sem trabalhar pesado. Quem, neste Brasil, não viu essa genial adaptação, quer no cinema, quer na tv? E quem não viu mais de uma, duas, três vezes? Um filme que reúne grande elenco, extremamente afiado em seus personagens, inesquecíveis...o padeiro traído...sua mulher adúltera...o padre e o bispo que só pensam em dinheiro...o “coroné” poderoso...a donzela cobiçada...o valentão...estão todos aí, para nosso deleite!


3.LISBELA E O PRISIONEIRO - de 2003 (1h 50min) Direção: Guel Arraes. Elenco: Selton Mello, Débora Falabella, Marco Nanini.
Uma fábula interiorana que conta as peripécias de um malandro sedutor vendedor ambulante Lelèu (Selton Melo, em mais um atuação impecável!), tentado vender suas “bugingangas” aos mais inocentes clientes, com a promessa de resolver seus problemas. Aqui, temos novamente, os elementos mais culturais do Nordeste: as quermesses, os parques de diversão, Monga a Mulher Gorila, os mercados e tudo mais. Personagens inesquecíveis, cativantes e bem engraçados...(vide o matuto Douglas (vivido por Bruno Garcia, ator pernambucano) que passou uma temporada na “capitá”, e voltou com um sotaque ridículo).

4.DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL - de 1964 (1h 50min) Direção: Glauber Rocha. Elenco: Geraldo Del Rey, Yoná Magalhães, Othon Bastos.
Um filme profundo, forte, cru e verdadeiro, como eram os filmes do Diretor Baiano GLAUBER ROCHA. Manuel (Geraldo Del Rey) é um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes (Mílton Roda) e acaba matando-o numa briga. Ele passa a ser perseguido por jagunços, o que faz com que fuja com sua esposa Rosa (Yoná Magalhães). O casal se junta aos seguidores do beato Sebastião (Lídio Silva), que promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo místico e ritual. Porém ao presenciar a morte de uma criança Rosa mata o beato. Simultaneamente Antônio das Mortes (Maurício do Valle), um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região, extermina os seguidores do beato. Considerados por muitos, como um “autêntico faroeste tupiniquim”.



5.O BAILE PERFUMADO - de 1997 (1h 33min Direção: Lírio Ferreira, Paulo Caldas. Elenco: Chico Diaz, Luiz Carlos Vasconcelos, Jofre Soares.
Lampião e seu bando como você nunca viu. Um homem vaidoso, gentil, apaixonado...nessa história, que possivelmente contém cenas reais do rei do cangaço em seus momentos mais pessoais, conta a história de um amigo íntimo do Padre Cícero (Jofre Soares), o mascate libanês Benjamin Abrahão (Duda Mamberti) que decide filmar Lampião (Luís Carlos Vasconcelos) e todo seu bando, pois acredita que este filme o deixará muito rico. Após alguns contatos iniciais ele conversa diretamente com o famoso cangaceiro e expõe sua ideia, mas os sonhos do mascate são prejudicados pela ditadura do Estado Novo. A fotografia e as tomadas áreas deste filme, são de uma perfeição e beleza magistral, ao retratar nossa região.

6.O CANGACEIRO - de 1953 (1h 45min) Direção: Lima Barreto (II) Elenco: Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro.
Poucos foram os filmes que retrataram tão bem, as questões do comportamento dos cangaceiros. Aqui, temos uma trama bem amarrada, retratando as atitudes tomadas por esses foras da lei, e suas consequências.  O bando de cangaceiros do capitão Gaudino (Milton Ribeiro) semeia o terror pela caatinga nordestina. É neste contexto que a professora Maria Clódia (Vanja Orico), raptada durante um assalto do grupo, se apaixona pelo pacífico Teodoro (Alberto Ruschel). O forte amor entre os dois gera grande conflito no bando. A trilha sonora é um espetáculo à parte, com xaxado, arrasta-pé e baião, bem nordestinos. Único filme brasileiro a ganhar 2 prêmios no FESTIVAL DE CANNES daquele ano de 1954: Melhor Filme de Aventura e Menção Especial pela Trilha Sonora. Teve uma refilmagem em 1997, que não teve tanto sucesso quanto seu original.

SOL DA MEIA-NOITE


Katie (Bella Thorne) é uma jovem de 17 anos que vive protegida dentro de sua casa desde a sua infância. Confinada no local durante os dias, ela possui uma rara doença que faz com que a menor quantidade de luz solar seja mortal. Sua situação muda quando seu destino se cruza com o de Charlie (Patrick Schwarzenegger) e eles iniciam um romance de verão.

JURASSIC WORLD – REINO AMEÇADO



Três anos após o fechamento do Jurassic Park, um vulcão prestes a entrar em erupção põe em risco a vida na ilha Nublar. No local não há mais qualquer presença humana, com os dinossauros vivendo livremente. Diante da situação, é preciso tomar uma decisão: deve-se retornar à ilha para salvar os animais ou abandoná-los para uma nova extinção? Decidida a resgatá-los, Claire (Bryce Dallas Howard) convoca Owen (Chris Pratt) a retornar à ilha com ela.

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Um comentário:

Unknown disse...

E uma obra pertencente ao subgênero heist movie que não consegue provocar tensão é uma obra com graves problemas em sua concepção básica. Sarah Paulson fez um excelente trabalho no filme, sempre achei o seu trabalho excepcional, sempre demonstrou por que é considerada uma grande atriz, desfrutei do seu talento neste filme The Post filme faz uma grande química com todo o elenco, vai além dos seus limites e se entrego ao personagem. Lembro dos seus papeis iniciais, em comparação com os seus filmes atuais, e vejo muita evolução, mostra personagens com maior seguridade e que enchem de emoções ao expectador.