02/08/18

MISSÃO: IMPOSSÍVEL-EFEITO FALLOUT



Sexto filme da franquia eleva o padrão de qualidade de seus anteriores


Em 1996 chegava aos cinemas Missão Impossível, filme baseado na série tv de mesmo nome dos anos 60. Com a direção de Brian De Palma, com Tom Cruise encabeçando o elenco estelar o filme consagrou-se como um sucesso no gênero espionagem-ação. De Palma dá ritmo na narrativa sabendo explorar bem os momentos de suspense e tensão ao revelar situações inesperadas na trama. Criou-se uma franquia de sucesso, arrecadando mais de U$ 450 milhões em todo o mundo, com um orçamento relativamente baixo para um filme desta proporção: U$ 80 milhões.
Cinco filmes depois e 22 anos após a produção  do primeiro,  somos agraciados com a sexta parte desta franquia com Missão Impossível-Efeito Fallout. Neste, vemos que obrigado a unir forças com o agente especial da CIA August Walker (Henry Cavill) para mais uma missão impossível, Ethan Hunt (Tom Cruise) se vê novamente cara a cara com Solomon Lane (Sean Harris) e preso numa teia que envolve velhos conhecidos movidos por interesses misteriosos e contatos de moral duvidosa. Atormentado por decisões do passado que retorna para assombrá-lo, Hunt precisa se resolver com seus sentimentos e impedir que uma catastrófica explosão ocorra, na qual conta com a ajuda dos amigos de IMF.

Cinco diferentes diretores estiveram a frente desta franquia e cada um deu o melhor de si, até chegarmos ao resultado mais satisfatório de toda trajetória desses filmes. Não que os anteriores tivessem sido um fracasso, muito pelo contrário, até porque bilheteria e crítica receberam muito bem todos os outros. Cada produção tinha uma pegada diferenciada, sem perder o ritmo frenético e alucinante que filmes deste porte exigem, mas ainda não era suficiente e Tom Cruise sempre queria mais. Ele esteve envolvido em todas as produções, quer seja no roteiro, quer seja na Produção Executiva dando sua opinião, modificando cenas e acrescentando mais riscos para seu personagem.


Em 2015, Missão Impossível 5-Nação Secreta eleva a franquia ao seu ponto máximo em qualidade, enredo, produção, roteiro e locações externas, trazendo e mantendo todo o elenco central da trama bem equilibrados numa história de tirar o fôlego além de introduzir novos personagens numa mistura de muita ação, humor e cenas arriscadíssimas para o astro principal. Tudo isso se deu graças a mão certeira do Diretor Christopher McQuarrie que traz em seu currículo filmes como Os Suspeitos (1995 onde ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original e Melhor Ator Coadjuvante), Jack-O Caçador de Gigantes (2013) e Operação Valkíria (2008).  Vale lembrar que nestes filmes citados, ele atuou como roteirista, mas teve sua estreia como diretor no filme A Sangue Frio (2000). Diretor que já havia trabalhado com Tom Cruise em filmes como Jack Reacher (2012) e Missão Impossível: Nação Secreta (2015).

Agora, novamente no comando da direção de mais um filme da franquia (fato inédito na trajetória desta produção) Christopher McQuarrie tem a missão de provar que pode fazer mais e melhor. Nesta sexta parte, McQuarrie eleva ainda mais o nível do filme e quando a gente pensava ser impossível fazer algo novo, o diretor nos proporciona um deleite visual incrível com cenas fantásticas em um roteiro bem enxuto onde o principal objetivo é dar ao espectador um emaranhado de situações aparentemente soltas sem conexão, as quais vão se encaixando aos poucos, de maneira coerente com soluções plausíveis. Christopher McQuarrie fez um filme redondo muito bem dirigido onde ele soube aproveitar todos os atores em cena, dando-lhes o devido destaque necessário sem jamais aparentar algo forçado ou desnecessário.


O astro Tom Cruise novamente se arrisca nas cenas de perigo e isso teve uma consequência, pois ao saltar de um prédio para outro, sofre uma pancada que quebra seu tornozelo forçando-o suspender as gravações por 5 meses até se recuperar totalmente e dar continuidade a sequência da ação onde ele havia sofrido o acidente. O corte e a edição desta cena é tão bem feito que sequer vemos isso na edição. E mais uma vez, Tom Cruise não perde o fôlego, provando estar no auge de sua melhor forma no alto dos seus 56 anos de idade, tamanha velocidade que ele impõe ao personagem nas cenas de perseguição a pé. Muito louco e ousado, nos leva a loucura com sua performance.

Ao trazer outros personagens do filme anterior, o diretor faz a união direta com as ações ocorridas na trama passada resgatando o vilão de forma magistral e quando introduziu novos personagens, o faz de forma lógica e convincente, exibindo no roteiro que havia necessidades e motivos suficientes para o espectador entendesse o porque deles estarem presentes no filme. Embora suas participações não seja muito explorada, o tempo de tela deles foi bem aproveitado, mostrando que  McQuarrie sabe como ninguém, trabalhar em equipe e prova essa capacidade ao explorar todos os atores em seus momentos, seja individualmente ou em conjunto, manteve o equilíbrio das participações de todos em perfeita harmonia numa química pouco vista em filmes deste porte. Outra grande característica do diretor é como ele filma as cenas de ação. Suas tomadas são sempre limpas, abertas, com planos-sequências impressionantes nos levando a acompanhar todos os detalhes da ação em questão. O trabalho é tão bem feito que nos provoca a sensação que estamos sendo  transportados para dentro da ação.


Missão Impossível: Efeito Fallout se consagrou como o mais bem-sucedido filme da franquia no seu primeiro fim de semana no Brasil. De quinta a domingo, o filme arrecadou sensacionais R$ 14,5 milhões e levou 773 mil espectadores aos cinemas, marcando a maior abertura da franquia e de um filme estrelado por Tom Cruise no país. O filme também abriu em primeiro lugar nos EUA, com ótimos US$ 61,5 milhões, se tornando a maior abertura da franquia. O recorde pertencia a Missão Impossível 2, com US$ 57,8 milhões. A sequência anterior, Missão Impossível - Nação Secreta, estreou com US$ 55.5 milhões domésticos. Missão Impossível: Efeito Fallout fez US$ 92 milhões em 36 países e soma US$ 153,5 milhões mundialmente. Vale lembrar que o filme vai estrear na China em 31 de agosto. Que venha a Parte 7, pois enquanto tivermos Tom Cruise encabeçando esse elenco fantástico nós agradecemos por nos possibilitar toda essa adrenalina neste filme que mais vez nos traz espionagem, investigação, explosões gigantescas, trama fantástica, humor descontraído, acrobacias absurdas e  uma jornada com causas e consequências. Ousada em tudo, esta produção atinge as expectativas do público desde a mais simples perseguição até o ato final.
  
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PROGRAMA CLUBE DO FILME


Neste Sábado, a partir das 13h, vai ao ar pela Rádio Cultura do Nordeste AM 1130, o PROGRAMA CLUBE DO FILME. Apresentado por Edson Santos e Mary Queiroz, Contará com a participação de ADRIANO SILVA Criador do Personagem de História em Quadrinhos LÂMINA SELVAGEM e também o Desenhista FIRLANDIO OLIVEIRA. Nos estúdios da Cultura, eles vão falar da origem deste super-herói brasileiro, o lançamento de sua HQ na Comic-Con 2018 em São Paulo e as expectativas quanto a receptividade do público ante esse herói. Tudo isso e muito mais no seu programa de cinema.

Acompanhe ao vivo pela LIVE do facebook: www.facebook.com/radiocultura1130

ESTREIA DA SEMANA



MAMMA MIA 2 – LÁ VAMOS LÁ DE NOVO!

Ao descobrir que está grávida, com a ajuda de Tanya e Rosie, Sophie relembra o passado da mãe, Donna – como conheceu seus três possíveis pais, tornou-se dona da Villa e compôs o trio Donna & the Dynamos.
É a continuação do filme Mamma Mia!, de 2008, baseado no musical de mesmo nome. O filme é estrelado por Meryl Streep, Lily James, Amanda Seyfried, Christine Baranski, Julie Walters, Pierce Brosnan, Colin Firth, Stellan Skarsgård, Dominic Cooper, e Cher. O filme conta a história da chegada de Donna Sheridan na ilha de Kalokairi e seu primeiro encontro dos três possíveis pais de sua filha Sophie, também apresenta flashbacks de 1979.

Devido ao sucesso financeiro do primeiro filme, a Universal Pictures há muito tempo se interessou por uma sequência. Here We Go Again foi oficialmente anunciado em maio de 2017, com Parker contratado para escrever e dirigir. Em junho de 2017, grande parte do elenco original confirmou sua participação, em julho do mesmo ano James foi escalada como a jovem Donna. As filmagens ocorreram de agosto a dezembro de 2017 na Croácia, bem como no Shepperton Studios em Surrey, Inglaterra.

Mamma Mia! Here We Go Again foi lançado no Reino Unido e nos Estados Unidos em 20 de julho de 2018, dez anos da semana do lançamento do filme original. Ele recebeu críticas mistas dos críticos, que, embora chamando o filme em si apenas uma "comédia romântica mais romântica", elogiaram o elenco e os números musicais.

Confira o Trailer:

NOTÍCIAS


11º FESTIVAL DE CINEMA DE TRIUNFO DIVULGA PROGRAMAÇÃO COMPLETA

De 6 a 11 de agosto, a décima primeira edição do Festival de Cinema de Triunfo vai exibir 36 filmes em competição, e realizar 03 oficinas gratuitas, além de seminários e exibições especiais. Os homenageados desta edição são a atriz e professora pernambucana Ilva Niño, que tem uma carreira de quase 60 anos no teatro, cinema e televisão e o ator baiano João Miguel, com três décadas de atuação em filmes, espetáculos teatrais, minisséries e novelas.
A grade de formação cultural oferece três oficinas, incluindo a de Crítica Cinematográfica, ministrada pela crítica audiovisual e jornalista Carol Almeida. As aulas iniciaram no último dia 30 e têm o objetivo de formar o júri popular do Festival. A oficina Documentando, com o cineasta Marlom Meirelles, propõe por meio da análise de obras de diferentes cinematografias, de reflexões teóricas e exercícios práticos, estimular o olhar do aluno para a leitura e realização de obras documentais. O roteirista e diretor carioca Allan Ribeiro vai ministrar a etapa Sertão do Laboratório Fernando Spencer de Roteiro, que dialoga com o crescente aquecimento dos mercados audiovisuais pernambucano e brasileiro,  estimulando a formação de profissionais especializados nesta área.
Haverá debates diários com os realizadores, que serão mediados pelo jornalista e editor do Portal Cultura.PE, Tiago Montenegro, sempre às 10h, na Pousada Alpes, além de seminários abertos ao público.

PREMIAÇÃO

O troféu oficial do Festival, concedido aos filmes escolhidos pelos júris oficial e popular, faz referência às tradicionais figuras dos caretas, que percorrem as ruas da cidade durante o carnaval, há mais de 90 anos, com seus chicotes, chocalhos, ricos figurinos e mensagens satíricas trazidas em tabuletas. Serão 24 mil reais em prêmios. O Troféu Fernando Spencer será concedido para o melhor personagem da categoria longa-metragem. Já o Troféu Cineclubista, criado pela Federação Pernambucana de Cineclubes – FEPEC, vai para o “melhor filme para reflexão”.

HOMENAGEADOS


Ilva Niño
Com uma carreira de quase 60 ano no Teatro, no cinema e na televisão, a atriz e professora Ilva Niño nasceu na cidade de Floresta, no sertão pernambucano, no ano de 1934. Aos 22 anos, interpretou seu primeiro papel, como a esposa do padeiro, na primeira montagem do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Na década de 1960, se envolveu com o Movimento de Cultura Popular (MCP), criado pelo então prefeito do Recife, Miguel Arraes. Após o golpe de 1964, se mudou para o Rio de Janeiro fugindo da repressão do novo regime imposto. Estreou na televisão e no cinema no ano de 1971, atuando na novela “Bandeira 2”, de Dias Gomes e participou dos filmes “André, a Cara e a Coragem” e “Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva”. No ano de 1985, interpretou Dóris, no longa-metragem “A Ópera do Malandro”, adaptação da peça musical homônima de Chico Buarque de Hollanda. Ao longo da carreira, a atriz participou de quase 50 novelas e 20 filmes, além de diversas peças teatrais. Em novembro, a atriz irá comemorar 84 anos e mantendo sua carreira na ativa. Recentemente, ela participou da novela “O Outro Lado do Paraíso” e do Filme “Minha Mãe é uma Peça 2”. Ilva Niño também é professora de Teatro na EPSJV-FIOCRUZ e em 2003 fundou a casa “Niño das Artes Luís Mendonça” em homenagem ao seu falecido marido.


João Miguel
Nascido em Salvador, em 1970, João Miguel deu início à sua carreira de ator aos 9 anos, no programa de televisão “Bombom Show”, de Nonato Freire. Em 1985, aos 15 anos, estreou como ator principal na peça “A viagem de um Barquinho”, com direção de Petinha Barreto. Entre 1990 e 1996 João Miguel foi integrante do Grupo Piolim (João Pessoa), onde atuou como produtor do espetáculo “Vau da Sarapalha”, e onde iniciou as apresentações como Palhaço Magal. Ainda como Magal, apresentou-se também com o Circo Picolino em hospitais públicos, favelas e ruas de Salvador e do interior da Bahia. Com mais de trinta anos de carreira, já participou de inúmeros filmes, espetáculos teatrais, minisséries e novelas. João Miguel já recebeu mais de vinte prêmios ao longo de sua carreira, sendo que seis destes foram como melhor ator, interpretando Ranulpho no filme “Cinema, Aspirinas e Urubus”, dirigido por Marcelo Gomes. Atualmente, interpreta Ezequiel, protagonista da série 3% da Netflix.

Para ver a programação completa, acesse o link:
(Fonte: Portal cultura PE - http://www.cultura.pe.gov.br/audiovisual/)





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