25/02/19

Crônicas e Poesia - Carnaval Caruaru Cultural – tradição, cultura e folia. por Nelson Lima



Nesse sábado 23, a Casa do Cordel abriu pela 2ª vez esse ano para o público por conta do Polo Estação Folia, escolhemos o tema: Cordelando o carnaval, onde alguns cordelistas escreveram algumas estrofes. Daí resolvi colocar aqui cada uma.
  
Carnaval é alegria vamos pular
E festejar junto com a multidão
Nesta ocasião colorida e singular
De fantasia, máscara e folião

Acompanhamos blocos e agremiações
Ao som de marchinhas, ou sucessos da vez
Feriado de possibilidades, interações
Fevereiro, divertido e marcante mês

Acadêmico: Jonnata Henrique

Nessa estrofe o Jonnata descreve a festa falando de várias folias.

Tenho muitas saudades
Dos carnavais do passado
Motoristas, sapateiros
Dançando um frevo danado
Cacho de coco Zé de Inês
Era um carnaval arretado

Acadêmico: Valdez Soares

Nessa o Valdez se mostra saudoso e esperançoso de que nossa folia retome aos poucos aos carnavais antigos.
                 
Dos áureos tempos vividos
dos carnavais da cidade
do Pierrot compulsivo
que já fui na mocidade
dos tempos bons de outrora
quem já fui, quem sou agora,
só resta sentir saudade.

Acadêmico: Raudenio lima

Aqui o Raudênio aprofunda mais a saudade e lança como que um lamento do que foi e do que é hoje.
  
Caruaru tem forró
Mas também tem carnaval
Duas festas importantes
Que o povo acha legal
E também tem poesia
Que não tem hora nem dia
Sempre é especial.

Acadêmico: Pedro Poeta

Pedro é alagoano mas já mora aqui por uns 5 anos, em seus versos reconhece Caruaru cidade cultural.
  
Carnaval é festa boa
Pra quem sabe aproveitar
Tem muito frevo no pé
Para quem quiser dançar
Convide a rapaziada
A esposa, a namorada
E venha participar.

Nosso carnaval tem frevo
Maracatu, caboclinho
A ciranda, o manguebeat
Coco e cavalo marinho
Nosso povo acolhedor
Trata o frevo com amor
E o turista com carinho.

Meu Pernambuco é do frevo
O frevo é nossa paixão
Os caiporas de Triunfo
Nos causam admiração
O Galo da Madrugada
Anima a rapaziada
Com milhões de folião.

Lá em Nazaré da Mata
Tem Maracatu rural
Pesqueira é dos caiporas
Que levantam nosso astral
Bezerros tem papangu
Frevança em Caruaru
Viva o nosso carnaval.

Os carnavais de outrora
Nos deixam recordação
Nos bailes municipais
Era grande a animação
As músicas animadas
E as fantasias criadas
Fervilhavam o salão!

Acadêmico: Carlos Soares

O poeta Carlos mora em Cupira e retrata o carnaval de Pernambuco relembrando cada folião. Cita cidades com suas folias e faz o chamamento para brincar em família,
Nos carnavais de outrora
Do baile municipal
O velho vermelho e branco
Da machinha matinal
Do pastoril e frevão
O melhor da região
Era o nosso carnaval.

Acadêmico: Olegário

O caruaruense Olegário também puxa pela memória dos carnavais passados e saudosamente menciona o Baile Vermelho e Branco.
  
O Carnaval é a festa
Que põe foco no carnal,
Mas insere ação funesta
No mundo espiritual.
Semente de paganismo
Que dá frutos de hedonismo
Para ceifar várias vidas
Por Baal contaminadas,
Nas mentes manipuladas
Das massas adoecidas.

Acadêmico: Jénerson Alves

Nesses versos o poeta nos passa como que um lembrete, para que atentemos para o depois. Ele focaliza a doutrina geral do prazer. Aquele que busca sem limites pelo que proporciona prazer, embora saibamos das exceções. Alerta que, é um sistema de moral que considera o prazer como o supremo bem que a vontade deve atingir. Mas eu repito, sempre tem aqueles foliões que curtem em família e não se deixam levar pelo sibaritismo.

 Folião vive ansioso
Para cair na folia
Quatro dias de alegria
Em ritmo fervoroso.
Mas tem que ser cauteloso
Pra brincar no carnaval
Nunca sair da real
Quando for se divertir
Quando a máscara cair
Tudo volta ao seu normal.

Acadêmico: Roberto Celestino

Roberto mora em Taquaritinga do Norte, seus versos são comedidos e também advertem os foliões para que brinquem sem exageros, pois é uma festa de tempo curto, ao terminar as responsabilidades esperam todos.

 Nosso carnaval de agora
Tem som tirado da “lata”,
Tudo é bem artesanal
De uma cidade pacata.
Temos como resistência
Um exemplo de excelência:
O Polo Pedro Sucata.
  
O Polo Café com Frevo;
Polo Jackson do Pandeiro;
São nomes de brincantes,
Antigos desfiladeiros.
Polo Inclusão na Folia;
Polo Estação Folia;
Todos vão estar frevando.

No passo da brincadeira,
Tem o Polo Aldo Teixeira;
Corredor Carlos Fernando.

Acadêmico: Nelson Lima

Encerro as estrofes focalizando o carnaval de hoje, mais propriamente o desse ano. Onde se resolve, até que enfim, resgatar essa festividade mantendo a Tradição, Cultura e Folia.

Confira nas fotos abaixo alguns dos vários visitantes que leram as poesias expostas.







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