Maquiavel foi um pensador italiano que viveu durante o período do renascimento, mais especificamente no governo de Lourenço de Médici.
Reconhecido como fundador da ciência política moderna. Escrito em 1513, O Príncipe é conjunto de cartas enviadas a Lourenço de Médici com o intuito de ajuda-lo a permanecer por mais tempo no poder. O texto contém informações valiosas sobre os tipos de governo e as diferentes formas de governar.
O autor faz comparativos entre diferentes povos, como os gregos romanos e até mesmo o povo italiano. Em um período de guerras constantes, Maquiavel argumenta em busca de estabelecer a estabilidade de um Estado seguro e equilibrado. O príncipe capaz de alcançar esse objetivo deveria saber gerenciar seus vícios e virtudes perante o povo e seus amigos.
A “virtù” é a habilidade de fazer bom uso das ações e do poder a fim de resolver os problemas práticos da política. “Um príncipe que não seja sábio por si mesmo, não pode ser bem aconselhado, a menos que por acaso confiasse em um só que de todo o governasse e fosse homem de extrema prudência.”
“Consequentemente se conclui que os bons conselhos, venham de onde vierem, devem nascer da prudência do príncipe, e não a prudência do príncipe ser resultado dos bons conselhos.”
Quem realizar uma leitura apressada, pode ter uma interpretação equivocada a respeito de suas ideias. Com essas cartas, pode-se dizer que ele pretendia mostrar os principados como realmente eram, e não de forma idealizada. Um livro atemporal e revolucionário, pois Maquiavel rompe com o que era produzido na época, onde a moral cristã predominava e propõe outras formas de levar o homem ao poder.
Essa é uma leitura para ser feita devagar, e cabe releitura também, a fim de compreender as ideias dentro do contexto histórico, assim como na conjuntura política atual.
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