‘A leitora’ é um dos quadros mais conhecidos do pintor francês Pierre-Auguste Renoir (1841-1919). Impressionista, a obra não apresenta contornos nítidos. Os contrastes são obtidos por meio de cores complementares. Ao longo de sua vida, Renoir pintava personagens e cenas comuns do cotidiano parisiense.
Na contemporaneidade, esta pintura pode suscitar um tipo de questionamento: Qual o espaço para o texto impresso em um mundo onde as pessoas conseguem informações a partir dos mais variados meios? Será que o livro vai ser apenas um objeto na estante ou fará parte do imaginário e do cotidiano, principalmente dos nossos jovens?
Vídeos, áudios e outras plataformas jorram informações. Parecem um mar em tempestade. O livro é calmaria, provocando reflexão. No mundo do instantâneo, uma boa obra literária representa o perene. Em um mundo de imagens fragmentadas, a leitura amplia sonhos. Não traz respostas prontas, aumenta a quantidade de perguntas. Quem lê procura as próprias respostas.
Estimular a leitura tem de ser um compromisso de todos. A família deve encontrar momentos para manuseio de livros. A escola tem de ensinar as mais variadas formas de leitura (essa não é atribuição exclusiva do professor de Português). A igreja deve estimular a leitura como base do desenvolvimento da mente e do caráter, em harmonia com os princípios e propósitos de Deus.
Que a tela de Renoir chegue até nós como um desafio para incluir mais leitura no nosso dia a dia. O mundo das letras trará novos contornos e contrastes na nossa leitura acerca do mundo real.
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