Confesso que tenho medo de tal papo,
Rasgado, costurado
Com teu rosto em chamas.
Por que minha alma clama
As camas de meus dias.
Busco rimas para declamar,
Busco rimas para descansar,
Busco rimas para reclamar
Desta solidão,
Que se disfarça de paixão,
Mas não tem razão de amar.
A solidão compartilhada,
É tão eloquente.
A solidão compartilhada,
É tão envolvente.
A solidão compartilhada,
É tão decente.
Somos só e temos que achar alguém sozinho
Num ninho ou num precipício delgado.
Que também queira o fato
De amargurar deste doce salgado
Que é ferver em ardentes sois
Somente para viver,
Vidas astrais...
Vidas astrais...
Vidas atrás.
Urbano Leafa
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