19/07/18

HOTEL TRANSILVÂNIA 3: FÉRIAS MONSTRUOSAS

Mantendo a qualidade dos 2 filmes anteriores, Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas é a diversão garantida para toda família nessas férias

Quando falamos em filmes de animação, logo nos vem a mente a Disney. Solidificada nesse nicho de mercado há mais de 50 anos, essa empresa é sinônimo de qualidade e perfeição nesta área infantil. Detentora de uma infinidade de Prêmios Oscar de Melhor Animação, a Disney estava numa zona de conforto até então intransponível, em mercado aparentemente limitado para crianças.
Mas, com o surgimento de outras empresas na concorrência dessa área, a empresa do Mickey precisou rever seus conceitos, mudar o foco, formar novas parcerias (isso quando não as compra, vide PIXA e FOX), para manter-se forte e atuante nesse mercado. Não que suas produções tenham decaído, ao contrário, com a chegada da concorrência, o mercado de filmes de animação infantil cresceu, se multiplicou forçando a Disney e se movimentar nesse mercado no qual ela se achava única. O público agradece.

E assim, em 2012 somos agraciados com a animação da Sony Animation, uma distensão da Sony Pictures, empresa que resolveu entrar nesse mercado nos apresentando o filme Hotel Transilvânia, trazendo para nós os Clássicos Monstros da Literatura, como “Monstros Camaradas” (parodiando aqui, uma animação clássica dos anos 60/70). Aqui, vemos um Conde Drácula paternal, tomando conta de sua bela filha, uma vampirinha prestes a completa 118 anos. Ele toma conta do hotel do título, onde recebe seus amigos monstros para uma temporada. O filme caiu nas graças do público, teve um modesto orçamento de U$ 85 milhões, faturou no mundo todo a quantia superior de U$ 350 milhões. Sucesso absoluto e a garantia de uma continuação, a qual se deu em 2015 e com um orçamento ainda menor: U$ 80 milhões, obteve a façanha de faturar ainda mais que o primeiro filme: U$  462.774.344, mais um marco para a franquia.
E agora em 2018, somos premiados com “Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas”, animação que estreou recentemente em nossos cinemas e claro, a dúvida surge  se essa terceira parte seria tão boa quanto seus antecessores  e neste temos uma situação onde solitário e infeliz, buscando um novo amor na internet, Drácula é surpreendido com um presente da querida filha, ou seja, férias em um cruzeiro. Inicialmente resistente à ideia, ele acaba engajado no passeio ao se encantar pela comandante, que, no entanto, esconde um segredo nada amigável.


No primeiro filme, fomos apresentados ao Drácula e sua trupe tentando “proteger” sua filha Mavis do contato com os humanos, mas ela acaba se apaixonando pelo atrapalhado e simpático humano Jonathan. No segundo, surge o netinho do Drácula, o pequeno e endiabrado Denis, levando o avô a uma jornada para provar se seu neto é ou não um vampirinho. Também somos apresentados ao “terrível” e não menos engraçado pai do Drácula, o Velho Vlad. Neste terceiro filme, todos os personagens estão de volta, acrescidos de mais 2 centrais e outros tantos secundários sendo apresentados de uma forma condizente e coerente.
O filme começa com um flashback de perseguição de um velho inimigo do Drácula e dos outros monstros, o famigerado Caçador de Monstros Van Helsing. Após um desfecho curioso para esse personagem, a história avança e vemos o Drácula preocupado em arranjar uma namorada através das redes sociais. Sua filha Mavis achando que seu pai está cansado e merece umas férias, decide presenteá-lo com um Cruzeiro.


O roteiro nos apresenta algo novo, uma história diferenciada da cadência rítmica dos outros dois filmes, sem deixar essa pegada de lado, acaba nos encantando com seu humor sutil, frenético e abrasivo das tramas anteriores. Um ponto extremamente positivo da sequência onde pontua situações novas com personagens já conhecidos mostrando que artifícios novos podem estar presentes numa narrativa sobre personagens consagrados. Quando o roteiro expõe isso, o público se diverte ainda mais pelo fato de estar recebendo uma novidade bem trabalhada e sem as repetições dos clichês. Mesmo quando esses clichês se mostram presentes, são divertidos, fazem sentido e enriquece todo o contexto.
Novamente a introdução de novos personagens é bem conduzida, sem as apelações costumeiras e a forma de como “o tchan” acontece com o Drácula, é realmente divertida. E ainda mais engraçada é a sua reação ao se deparar frente a frente com sua amada. Não dá para não rir com suas “caras e bocas”. Uma surpresa à parte, a personagem Erika Van Helsing, interesse amoroso do Conde tem suas motivações bem trabalhadas, nos passando uma sensação de desconfiança durante o enredo e a medida que suas camadas são mostradas, o expectador vai aos poucos mudando seu ponto de vista sobre ela.


A animação também acerta ao acrescentar sub-tramas paralelas a trama central, não perdendo o foco da história. Essas sub-tramas são sempre divertidas, envolvendo outros personagens secundários como o Frank, O Lobisomem e sua Esposa (para mim, um dos personagens bem aproveitados no filme), Dennis e seu “cãozinho”, Blobby o Monstro Verde de Gosma, sem falar na “sensualidade” de Vlad, o pai do Dácrula, que leva “as moças” do cruzeiro suspirarem com seu sex appeal. Manter uma cadencia rítmica com tantos personagens, sem perder o foco dos personagens principais, não é fácil e aqui temos uma aula de total equilíbrio narrativo neste aspecto.
Outro quesito importante de ser citado é a dublagem brasileira que foi realizada nos estúdios da Alcateia Audiovisual no Rio de Janeiro com Direção de Marlene Costa. Todos os dubladores dos personagens centrais nos filmes anteriores foram chamados para emprestarem sua voz aos mesmos personagens, com exceção do dublador de Frank, o Ator, pois o Ator Mauro Ramos que dublou ele nos filmes anteriores, por motivo de agenda não pode participar desta gravação. E aqui vale uma ressalva. Quando temos a apresentação de um personagem dublado por uma determinada voz e essa voz é repetida nele nas sequências posteriores, nós criamos uma espécie de memória afetiva por essa voz-personagem, principalmente quando seu dublador, no caso o Mauro Ramos, já havia dublado outros personagens de animações com o Sullivan de Monstros S.A. e até o próprio Shrek. Não que o seu substituto, o Ator Márcio Dandi não tenha feito um trabalho excelente, mas aqui a memória afetiva faz o comparativo percebendo a diferença, sentindo falta do dublador anterior. No todo, o trabalho da dublagem brasileira está impecável como sempre, por esse motivo que somos considerados como o país de melhor equipe de dubladores do mundo.


Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas já no seu fim de semana de estreia nos EUA, arrecadou mais de U$ 100 milhões, desbancando blockbusters como Arranha-Céu – Coragem sem Limite, filme de ação com o The Rock, para um orçamento um tanto mais caro do que os seus anteriores: U$ 80 milhões. Sem sombra de dúvida, com as férias da garotada, o filme é sucesso garantido de público. Só para se ter uma ideia, no Centerplex Cinemas de Caruaru, vimos filas enormes no horário de meio-dia, com pais levando seus pequenos para prestigiar a animação e se você ainda não viu, vale muito a pena, pois ficamos ainda mais gamados pela turma de monstros que  se tiver de fechar sua história nesse terceiro filme, será muito bem fechada, pois conseguiu manter a sua qualidade em todas as cenas mostradas, contar boas histórias e divertir todo o público seja ele adulto ou infantil, contagiando com sua trilha sonora pra lá de boa, vai conquistando de vez os apaixonados por estes monstros tão simpáticos e nada ameaçadores.
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ARRANHA-CÉU: CORAGEM SEM LIMITE


Exagerado, absurdo e  previsível, mas  muito divertido

Dwayne Johnson, mais conhecido como The Rock é daqueles atores de carisma incrível, sorriso fácil, boa-praça e o amigo que todo mundo queria ter (até porque ser seu inimigo, não é uma boa ideia e se tem dúvida é só olhar o tamanho do cara). The Rock despontou no cinema em 2001 quando interpretou o Escorpião Rei em O Retorno da Múmia, ao lado de Brendan Fraser. Sua aparição logo chamou a atenção dos produtores, tamanha conquista de fãs provindos do filme. Ele já era um astro das lutas coreografadas World Wrestling Federation (WWF/E) e agora conquistava o espaço nas telonas.
Com o sucesso de O Retorno da Múmia, ele retornaria ao mesmo personagem em 2002 em O Escorpião Rei. A consagração de Astro estava marcada. Sucesso de público, mais pelo carisma dele, Dwayne começava sua ascensão ao mundo do cinema numa sucessão de filmes bem sucedidos numa carreira meteórica de sucesso sem parar. Claro, aqui e ali alguns filmes não foram tão bons, mas ninguém é perfeito. Com sua conquista no público infanto-juvenil, ele retira de seu nome o apelido de The Rock, para não passar uma má impressão aos pequenos.


Este ano já tivemos 2 filmes dele, Jumani-Bem-Vindo a Selva e Rampage-Destruição Total, mas Dwayne está de volta em Arranha-Céu: Coragem Sem Limite, agora responsável pela segurança de arranha-céus, o veterano de guerra americano e ex-líder da operação de resgate do FBI, Will Ford (Dwayne Johnson), é acusado de ter colocado o edifício mais alto e mais seguro da China em chamas. Cabe ao agente então achar os culpados pelo incêndio, salvar sua família que está presa dentro do prédio e limpar seu nome antes que seja tarde demais.
Antes de tudo, vamos deixar bem claro uma coisa, o filme é absurdamente recheado de clichês em cima de clichês. Situações comuns nos mais diversos filmes de catástrofe estão reunidas aqui. O casal, os filhos, os policiais, o vilão e até o herói, são totalmente genéricos, mas reunidos nesta produção, funcionam. Mas afinal, filme de ação sem clichês, não é filme de ação. E as citações a outros filmes do gênero? Sim, o Diretor Rawson Marshall Thurber não poupou citações aos mais variados, desde catástrofe, faroeste, terror, todos estão lá como referencias. Só para citar, lá você encontra citações a `Terremoto´, `Aeroporto´, `Inferno na Torre´, `Duro de Matar´(todos), `O Destino de Poseidon´ e tantos outros. E isso é ruim? Não, até porque ao fazer essas referencias causa um certo ar de saudosismo para quem assistiu aos filmes citados.

Verdade seja dita, as diversas camadas apresentadas pelo personagem de The Rock, são muito bem apresentadas por ele e aqui, não temos aquelas piadinhas insistentes e desnecessárias preenchendo lacunas aparentemente abertas. Não, o ator dá uma dramaticidade enorme numa entrega interpretativa muito boa, apesar da trama ser bem batida. Dwayne vem amadurecendo ao longo de seus filmes como ator dramático, um ponto extremamente positivo em sua carreira. Não é só um monte de músculos fazendo força, há uma certa dose de dramaticidade no personagem. Outro acerto foi na presença da Atriz Neve Campbell, lembra dela? Ela foi protagonista de uma franquia de terror com enorme sucesso nos anos 90 no cinema, Pânico e aqui ela faz um papel bem interessante, não apenas na dona de casa e mãe exemplar, mas uma mulher forte e decidida. Posso dizer que ela tem tanta força quanto o próprio The Rock.

O filme tem exageros e como tem. Sem falar em cenas tão irreais quanto plausíveis como na maneira pela qual o personagem Will (Dwayne) pula de um guindaste para o arranha-céu em chamas. Também tem erros de continuidade, montagem, edição e um erro de lógica que francamente custei a acreditar no que estava vendo. Não vou falar para não dar spoilers, mas apesar de tudo isso como forma de diversão, Arranha-Céu: Coragem sem Limite tem seus méritos. Ter sido filmado em 3D é um deles. Quando a câmera tem uma tomada de cima onde vemos Will pendurado em diversas situações, chega ser claustrofóbica a sensação, parece que estamos imersos na cena. A fotografia também está bem feita. Mesmo para um filme em que a maioria das cenas se passa a noite, os filtros utilizados nessas tomadas permitem uma excelente visibilidade de todo ambiente, algo muito raro em cenas noturnas. Não  é a toa que o filme foi lançado nas férias, uma ótima pedida para os fãs do gênero.


Se você está procurando um filme mais profundo, denso, com uma narrativa coerente, Arranha-Céu: Coragem sem Limite não é esse filme com certeza e passa longe, porém para quem quer diversão sem compromisso numa tarde de fim de semana sem muita preocupação quanto ao que é ou não possível na historia, esse é seu filme. Acredito que foi  para isso que ele veio, ou seja, entreter, divertir e animar.
Arranha-Céu: Coragem sem Limite está longe de ser uma obra de arte cinematográfica, mas como qualidade de diversão entrará no roll das grandes produções do gênero não devendo em nada ao que já foi feito e o The Rock vai continuar sendo o atual midas do cinema porque seus filmes são sucesso de bilheteria e é isso que importa para a indústria cinematográfica, portanto, desligue o cérebro e mergulhe no absurdo, no exagero e na mais pura diversão que este filme vai lhe proporcionar.

#Assista
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#Filmenotaseis


PROGRAMA CLUBE DO FILME


Neste Sábado, a partir das 13h, vai ao ar pela Rádio Cultura do Nordeste AM 1130, o PROGRAMA CLUBE DO FILME. Apresentado por Edson Santos e Mary Queiroz, vai dar  continuidade ao quadro GRANDES DIRETORES e  nesta Parte #3, vamos falar sobre Quentin Tarantino. Sua história, a estética de seus filmes, seus roteiros e suas influências. Tudo isso e muito mais em nosso programa que contará com a presença de Wanduy Braga, Antônio Virgínio, Jefferson Henning, Felipe Queiroz e Gilberto Hazan.
Acompanhe ao vivo pela LIVE do facebook: www.facebook.com/radiocultura1130
  
INSCRIÇÕES PARA O V FESTIVAL DE 
CINEMA DE CARUARU

Atenção produtores do Audiovisual, especificamente na categoria de cinema e que tem um curta-metragem produzido de no máximo 20 minutos. A chance de você participar de um festival, começou. Estão abertas as inscrições do V FESTIVAL DE CINEMA DE CARUARU. Os filmes poderão ser inscritos nas seguintes categorias: MOSTRA BRASIL DE CURTAS, MOSTRA UNIVERSITÁRIA, MOSTRA AGRESTE, MOSTRA BRASIL DE LONGAS E CURTAS, MOSTRA INFANTIL, MOSTRA JUVENIL E MOSTRA IBERO-AMERICANA.
A proposta principal de escolha dos filmes, segundo Edvaldo Santos, Curador do Evento é:  Acolheremos as propostas que mais valorizem os debates sobre as intolerâncias, que usem da linguagem cinematográfica de modo surpreendente, que zelem pela experiência técnica primorosa, que contribuam com a formação de público para o cinema nacional e independente, que dialoguem com os diversos movimentos sociais, ideologias, saber popular e cultura local.

As inscrições podem ser feitas através do site: http://festivaldecaruaru.com.br/
Mas atenção! Elas se ENCERRAM NO DIA 15/08/2018. Não deixe para última hora e boa sorte! Acompanhe as informações através da fan page: https://www.facebook.com/festivaldecinemadecaruaru/?timeline_context_item_type=intro_card_work&timeline_context_item_source=100000415231899

PRÉ-ESTRÉIA



Um comentário:

Carlos Valadares disse...

Meus sobrinhos adoraram e até eu me diverti. Para quem gosta do Sandler e da dublagem que fez, é um dos Melhores filmes de Adam Sandler o desenho é ótimo. Tem uma trilha boa e como todos os filmes dele da para assistir com toda a família e rir um tempo. O Adam Sandler nao é um dos meus atores favoritos, mas o filme é tranquilo.