Laranja mecânica é um clássico da literatura distópica e traz reflexões importantes sobre o conceito de liberdade e os limites do Estado. Foi adaptado com maestria para o cinema em 1972 por Stanley Kubrick. O autor criou um vocabulário único para o livro, chamado de nadsat, um conjunto de gírias inspiradas no inglês e no russo.
A história é ambientada em uma sociedade inglesa do futuro e decadente, narrada por um adolescente chamado Alex, líder de uma gangue adolescente que busca diversão nas ruas durante a noite, cometendo inúmeros atos de ultraviolência. A narrativa de Alex, o protagonista, desperta várias sensações como raiva, tristeza, tensão e estranhamento. Alex e seus amigos Tosko, Pete e George destinam suas noites a cometer roubos, estupros e espancamentos por pura diversão. Alex é o mais inteligente e perspicaz de todos e tem um gosto sofisticado para a música, especialmente por Beethoven.
Em uma noite decidem assaltar a casa de uma senhora, a mesma consegue chamar a polícia a tempo e Alex é traído por seus amigos, o que resulta em sua prisão. Durante o seu tempo na prisão, Alex se envolve nas atividades de sonoplastia nas reuniões religiosas da capela e convence o capelão do seu interesse pela bíblia. Em dado momento ele aceita participar de um experimento comportamental.
O tratamento consiste no condicionamento através da exposição a cenas de violência por meio de filmes, e ao mesmo tempo recebe uma injeção que provoca sensações de náusea e outros desconfortos físicos. Alex também a exposto as sinfonias de Beethoven e torna-se incapaz de ouvir suas músicas preferidas. A técnica promete garantir a extinção da maldade no indivíduo após duas semanas e assim diminuir a superlotação nos presídios.
Uma obra fundamental para quem deseja refletir um pouco sobre violência física, psicológica, social e sua relação com o Estado.
Detalhes da Edição:
Capa comum: 224 páginas
Editora: Aleph; Edição: 2ª (25 de agosto de 2004)
Idioma: Português
NOTA: 5/5
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