Essa é a celebre frase de Isidor Feinstein Stone, popularmente conhecido como IF Stone, nasceu em 1907, em Nova Jersey, e morreu em 1989.
O homem é uma verdadeira lenda do jornalismo, abandonou os estudos de filosofia na Universidade da Pensilvânia para se dedicar integralmente à profissão em que se destacaria como defensor intransigente das liberdades civis e da paz, opondo-se ao marcartismo e à guerra do Vietnã. Trabalhou em vários jornais e editou sozinho, de 1963 a 1971, o célebre periódico alternativo I. F. Stone Weekly. Escreveu, entre outros livros, Underground to Palestine (1946), Hidden History of the Korean War (1952), The Hauntede Fifties (1964) e The Killings at Kent State (1971).
IF Stone foi um inovador do jornalismo investigativo que estabeleceu o padrão para defender causas impopulares. Desde cedo já escrevia para jornais no ensino médio e não demorou muito para que ele trabalhasse da Filadélfia aos jornais diários de Nova York, primeiro no New York Post - durante a qual ele mudou seu nome para IF Stone. - Depois como editor do The Nation, e mais tarde ainda escrevendo para o New York Star, o Post e o The New York Daily Compass. A essa altura, ele se tornara conhecido no mainstream do jornalismo - frequentemente encontrando-se no Meet the Press.
Ele era um jornalista corajoso, pronto para cavar fundo para verdades e sem medo de irritar penas. Foi uma postura que fez com que ele fosse colocado na lista negra do governo americano, por simplesmente fazer a população pensar e ver a verdade, mas não desanimado, ele foi sozinho, formando seu próprio semanário em seu próprio nome. Foi uma jogada ousada que valeu a pena. Seu boletim de notícias não tinha o alcance de circulação dos principais diários, mas tinha os olhos de acadêmicos proeminentes, políticos e jornalistas.
Se vivo fosse, Stone agora poderia continuar relatando sobre o macartismo, a discriminação racial e o belicismo, sem medo do amordaçamento editorial - dando um exemplo para atuais e futuros jornalistas investigativos independentes que lutam para levar seu trabalho ao povo.
“All governments lie, but disaster lies in wait for countries whose officials smoke the same hashish they give out.“(Todos os governos mentem, mas o desastre está na espera de países cujos funcionários fumem o mesmo haxixe que eles distribuem.)
*Rivio Xavier Jr. é colunista, professor historiador e assessor parlamentar.
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