Bravo, Bibi!!!
Fevereiro mórbido esse que se apresenta pelos noticiários, repetida e insistentemente com o cheiro acre da morte.
O Brasil das artes se enluta com a despedida final da ilustre BIBI FERREIRA, após inacreditáveis 77 anos de dedicação fervorosa ao Teatro, à TV e ao Cinema (tudo assim, com maiúsculas mesmo), abrindo uma lacuna histórica no cenário cultural brasileiro.
Em 1922, com apenas 24 dias de vida fez sua primeira aparição pública, num palco, substituindo uma boneca que desapareceu pouco antes do início de um espetáculo teatral.
Em 1941, fez sua estreia profissional e desde então acumulou sucessos como atriz, diretora, musicista (cantora e compositora), dançarina e produtora, esbanjando profissionalismo, talento e disciplina, valores em vias de extinção nesse amado arremedo de país chamado Brasil.
Tive o prazer de vê-la em três momentos especiais, nos espetáculos musicais "Brasileiro, profissão esperança"; "Bibi vive Amália" e "Bibi canta e conta Piaf", quando vivi momentos do mais puro e sincero encantamento.
Bravo, bravíssimo, a quem tanto dignificou o Brasil da forma mais sublime: encantando gerações através da sua honrada e privilegiada profissão.
*Walmiré Dimeron é escritor, historiador e museólogo



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