Há alguns messes escrevi sobre o Estado Islâmico. Neste artigo irei tratar do ponto mais específico, as consequências dos atos, O TERRORISMO: O termo terrorismo designa o emprego sistemático da violência para fins políticos, especialmente a prática de atentados e destruição por grupos cujo objetivo é a desorganização da sociedade existente e a tomada do poder (dicionário Houassis). No começo do século XXI, a questão ganha caráter global, sobretudo com a ação da Al Qaeda, que se notabiliza com os ataques aéreos de 11 de setembro de 2001 e usa a violência de forma indiscriminada (contra populações civis, contra países ocidentais e também islâmicos). Há um amplo consenso internacional na condenação à Al Qaeda, mas a classificação de grupos terroristas é polemica, pois o termo e empregado com frequência para lançar um rótulo negativo a inimigos nos conflitos existentes no mundo. A questão envolve a legitimidade da ação dos diferentes grupos: durante a segunda guerra mundial, por exemplo, a resistência francesa utilizava métodos terroristas para se opor à ocupação nazista da França.
De modo semelhante, muitos grupos comunistas da transição do século XIX para o XX, sobretudo os bolcheviques, que fariam a Revolução na Rússia, em 1917, valeram-se de métodos de guerrilha e terrorismo. Nas décadas que se seguiram, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, muitos focos revolucionários comunistas que se valiam dos mesmos métodos apareceram. Entre eles, podemos citar as FARC-EP, na Colômbia, a Fração do Exército Vermelho, na Alemanha, e a ALN (Ação Libertadora Nacional), no Brasil.
No século XX, houve a variação nacionalista e separatista do terrorismo também. Um caso emblemático foi o do grupo sérvio Mão Negra, cujo membro Gravilo Princip assassinou o arquiduque do Império Austro-húngaro, Francisco Ferdinando, em 1914, fato que acabou por desencadear a Primeira Guerra Mundial. Outros grupos compõem esse tipo de terrorismo, como o ETA (Pátria Basca e Liberdade), na Espanha, e o IRA (Exército Republicano Irlandês), na Irlanda.
Todas as operações militares e políticas dos Estados Unidos nos últimos anos, na sua “guerra contra o terrorismo”, lançadas após os ataques de setembro de 2001, só conseguiram propagar os movimentos terroristas por todo mundo. O grupo Estado Islâmico surgiu como uma derivação da Al-Qaeda hoje é um fruto da guerra que os americanos e seus aliados travam por todo o oriente médio.
Como ficou perceptível terrorismo é uma consequência de atos, hoje ambos os lados de uma guerra se faz terrorismo para defender interesses. Noam Chomsky, filósofo e linguista norte americano, diz em seu livro Mídia, uma frase empregada aos Estados Unidos, levando com que a população acredite que a guerra é necessária: “Só é terrorismo quando os outros fazem conosco, quando somos nós que fazemos com eles, é ato de defesa”.
*Rivio Xavier Jr. é professor, jornalista e analista de política internacional e escreve semanalmente para o Jornal de Caruaru.
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